Nove projetos de CT&I, apoiados pela Fapeam, foram apresentados nos três de evento
O estudo visa aproveitar resíduos da indústria de alimentos, como os extratos de carotenoides de resíduos do umari (Poraqueiba sericea), tucumã (Astrocaryum aculeatum) e buriti (Mauritia flexuosa), para substituição do corante sintético amarelo tartrazina, por meio da implantação de novos processos integrados, o que permite aliar produtividade com eficiência ambiental.
“A utilização de tecnologia limpa e econômica torna-se uma alternativa viável para extração de compostos bioativos e corantes ainda presentes nos subprodutos de frutos amazônicos, além de agregar valor e aproveitar os compostos biologicamente ativos, aumentando a gama de produtos oferecidos”, justificou Francisca.
Na oportunidade, Francisca observou que a pesquisa irá impactar diretamente a comunidade científica, com informações novas a respeito da utilização dos frutos em suas mais diversas funções e, principalmente, a população, que ficará mais informada sobre os benefícios dos alimentos e se possível melhorar a qualidade de vida e o critério quanto ao seu consumo.
Plantas Alimentícias Não Convencionais
A segunda pesquisa, intitulada “Salada Panc: uma alternativa alimentar nutritiva e de baixo custo”, coordenada pela professora do Instituto Federal do Amazonas (IFAM), campus Manaus Centro, Jaqueline de Araújo Bezerra, desenvolve um suplemento em pó nutritivo à base de Plantas Alimentícias Não Convencionais (Panc) com propriedades antioxidantes e prebióticos, a partir de folhagem fresca ou cozida como o ora-pro-nobis (Pereskia bleo), caapeba (Piper peltatum), flores de P. bleo, o vegetal pepininho (Melothria pendula), os frutos de caferana (Bunchosia armeniaca) e, como tempero, as folhas de cipó-alho (Mansoa alliacea).
Jaqueline disse que a ideia inicial da pesquisa é substituir a salada comum que sofreu um reajuste de preço significativo nos últimos anos, por suplemento em pó alternativo para quem não aprecia saladas, mas tem carência de uma alimentação mais nutritiva e saudável, que PODE adicionar a sopas, misturar com a farinha e outros preparos.
“Além de agregar valor às espécies que são consideradas mato ou praga é um incentivo para o cultivo das espécies por agricultores familiares, para aumentar sua renda com a venda de espécies alternativas”, acrescentou a coordenadora.
Algumas das espécies selecionadas já foram analisadas preliminarmente pela equipe técnica, com finalidade de gerar subsídios para elaboraçã