Nesta quinta-feira (12/12), o deputado estadual Wilker Barreto (Mobiliza) questionou, diante da tribuna do Legislativo, a viabilidade econômica da Organização Social que irá administrar o Complexo Hospitalar da zona-Sul. O parlamentar realizou um comparativo de gastos anuais entre o Amazonas, que utilizou R$ 134 milhões, e a OSS, que promete utilizar R$ 45 milhões, reduzindo R$ 89 milhões. A discussão tomou como base o estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), contratada pelo Governo do Estado.
Durante sua fala, Wilker Barreto destacou pontos que chamam a atenção, incluindo justificativas apresentadas para a transição do modelo de gestão atual para Associação Goiana de Integralização e Reabilitação (Agir), nas quais alegam maior agilidade nos pagamentos a prestadores de serviços e maior economicidade. Logo, maior eficiência em comparação à gestão direta do Estado.
“Falando de serviços terceirizados, a OSS diz, pelo estudo, que vai executar os serviços no 28 de Agosto e Dona Lindu, por R$ 13 milhões, sendo que o Estado gasta, hoje, R$ 92 milhões. A pergunta é: vai ter serviço mesmo ou é o Estado que está gastando mais?”, questiona Wilker Barreto.
Impacto na qualidade do atendimento
Wilker Barreto também criticou a estratégia da OSS Agir para reduzir custos operacionais, incluindo a contratação de mais enfermeiros e menos médicos, além de não fornecer informações sobre o impacto dessa transição.
“A enfermagem é fundamental, mas a saúde não pode sacrificar médicos para baratear a folha de pagamento, quem perde é a população. Na reunião em que questionei esses pontos, ninguém conseguiu justificar os números. O que estamos assistindo é um movimento apressado que pode custar caro ao povo do Amazonas. O Amazonas está em perigo!”, alertou.