A prática terapêutica trabalha o desenvolvimento físico, psicológico e social de 160 praticantes
FOTO: Antonio Lima/Secom
A terapia com cavalos da Polícia Militar do Amazonas (PMAM) vem transformando vidas com inclusão e reabilitação de crianças e adultos no Amazonas. A prática terapêutica trabalha o desenvolvimento físico, psicológico e social dos 160 praticantes. Com 32 anos de serviço à sociedade, o Núcleo é o único centro do estado filiado à Associação Nacional de Equoterapia (Ande).
De acordo com a equitadora do Regimento de Policiamento Montado (RPMON), sargento Van Zeller, a prática é voltada especialmente para pessoas com deficiências físicas, intelectuais ou necessidades especiais. A iniciativa destaca-se como um exemplo de como as forças de segurança podem contribuir positivamente para a inclusão social e o bem-estar da comunidade.
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“A equoterapia é um programa com uma abordagem multidisciplinar que abrange diversos profissionais para atuarem no tratamento de diversas patologias, onde o principal terapeuta é o cavalo que a gente usa como instrumento. A grande maioria dos nossos praticantes são aptos a praticarem”, explicou a sargento.
O pai do praticante Miguel Nascimento, Sérgio Nascimento, enfatizou que os cavalos auxiliam no equilíbrio, coordenação motora e desenvolvimento social do filho de 10 anos. Miguel iniciou a prática com 5 anos e hoje compete nos campeonatos promovidos pela Cavalaria da PMAM.
“Ele tem Transtorno de Déficit de Atenção, e era muito desatento. Com a equoterapia, melhorou bastante, conseguindo se concentrar mais na escola e desenvolvendo percepção, até para situações de risco. Ele também ficou mais calmo e reduziu o uso de medicamentos. Agora, está na quarta fase do programa. Recentemente, participou de uma competição no nível pônei e se saiu muito bem”, contou Sérgio.
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Cuidados
A psicóloga Luana Moura, explicou que os cavalos utilizados na equoterapia recebem cuidados especiais para garantir a saúde, bem-estar e desempenho, tanto para o animal quanto para os praticantes. Esses cuidados incluem alimentação balanceada, cuidados veterinários, treinamento e manejo e avaliação ortopédica.
“Quando iniciamos as práticas, retiramos o cavalo da baia e realizamos a limpeza. É necessário dar banho, pois isso é obrigatório no início de todas as atividades. Também realizamos a escovação, que consiste em pentear os pelos do cavalo para remover pelos mortos, poeira e sujeira. Se o cavalo estiver muito sujo, é preciso lavá-lo para que esteja apto a participar da prática do dia”, disse a psicóloga.
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Além dos cuidados médicos, os cavalos são treinados de forma lúdica. O treinamento utiliza atividades e exercícios que simulam experiências similares às sessões terapêuticas, mas de forma leve e divertida para os equinos.
“Durante a prática, apresentamos recursos lúdicos como o uso de bambolês, dados, argolas e a execução de giros. Esses giros, realizados pela criança em cima do cavalo, são sempre feitos com a devida assistência”, explicou Luana Moura.
Como participar
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Para participar do programa é necessário procurar um médico (pediatra, ortopedista, neurologista ou outro especialista relacionado à deficiência ou patologia do candidato) e solicitar um laudo ou atestado médico recomendando a prática de equoterapia.
Com o documento em mãos, basta entrar em contato com o núcleo de equoterapia da PM (avenida Tiradentes, Dom Pedro I), levando também os documentos pessoais e do responsável.
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