Sedecti discute fortalecimento da bioeconomia no Amazonas com a fibra do curauá

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Por Redacao

O projeto busca desenvolver a cultura do curauá para atender demandas do Polo Industrial de Manaus

Foto: Bruno Leão/Sedecti

A Secretaria de Estado Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti) recebeu, nesta segunda-feira (17/03), representantes do Instituto Raízes Amazônicas (Rama) para debater a estruturação de um modelo de negócio sustentável com base no cultivo do curauá. O projeto busca desenvolver a cultura desta fibra vegetal, atendendo a demandas crescentes do Polo Industrial de Manaus e fortalecendo a bioeconomia na região.

O secretário da Sedecti, Serafim Corrêa, reforçou o compromisso do Estado em apoiar a iniciativa, reconhecendo o potencial do projeto para impulsionar a sustentabilidade e o desenvolvimento econômico na região. “Estamos de total apoio nesta iniciativa e no que pudermos ajudar, estamos à disposição”.

Foto: Bruno Leão/Sedecti

O pesquisador José Luiz Zanirato Maia, representante do Instituto Rama, destacou a importância do desenvolvimento de mudas para viabilizar a produção em larga escala. Segundo ele, o curauá tem sido amplamente pesquisado mundialmente devido ao seu potencial de aplicação na indústria automotiva, têxtil e na construção civil. “A cadeia produtiva precisa começar pelo processo de produção de mudas, pois não existe matéria-prima suficiente atualmente”, afirmou.

A iniciativa prevê a implantação de uma estufa no interior do Amazonas e um plano de expansão para até 90 hectares. “Nosso objetivo é produzir até 5 milhões de mudas por mês. Para isso, estamos estruturando um laboratório de micropropagação com capacidade inicial para um milhão de mudas mensais”, detalhou Maia.

Além da fibra, o curauá oferece subprodutos de alto valor agregado, como a bromelina, utilizada na indústria farmacêutica, e a mucilagem, aplicada na alimentação animal. “Nosso objetivo é fortalecer a bioeconomia na Amazônia”, pontuou.

A programação do projeto inclui uma apresentação sobre os estudos do curauá na reunião da Câmara da Agroindústria, que será realizada no dia 27 de março, na Escola Superior de Ciências Sociais da Universidade do Estado do Amazonas (ESO/UEA), bairro Cachoeirinha, zona sul de Manaus, promovida pela Sedecti.

Desde 2023, a Sedecti acompanha de perto o projeto, que conta com o apoio de outros órgãos de órgãos governamentais e não-governamentais. Agora, o próximo passo será a produção de mudas em escalas na região.

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