Participantes também definiram propostas a serem apresentadas no encontro em Brasília


A 15ª Conferência Estadual de assistência social chegou ao fim nesta quinta-feira (16/10), após dois dias de intensos debates e deliberações sobre os rumos da política do setor Amazonas. Realizado no Centro de Convenções do Manaus Plaza Shopping, o evento foi promovido pela Secretaria de Estado da assistência social e Combate à fome (SEAS) em parceria com o Conselho Estadual de assistência social (Ceas), reunindo profissionais de diversos municípios.
O segundo dia foi marcado pela apresentação das propostas elaboradas nos Grupos de trabalho dos cinco eixos temáticos, além da plenária final e da eleição dos 48 delegados que representarão o Amazonas na 14ª Conferência Nacional de assistência social.
A secretária de estado de assistência social e presidente do Ceas, Kely Patrícia, destacou em sua fala a importância do encontro para o fortalecimento do Serviço Único de assistência social (Suas ) e para a construção de novas políticas públicas, ressaltando que as propostas discutidas na Conferência Estadual serão levadas à Conferência Nacional, sempre considerando a realidade e a experiência regional do Amazonas.

Foto: Jimmy Christian/SEAS
“Aqui discutimos propostas, ideias e planos que serão levados à conferência nacional, sempre com uma visão regionalizada, buscando evoluções e melhorias para a assistência social no Amazonas e em todo o Brasil”, destacou Kely Patrícia.
Com cerca de 300 participantes, entre delegados da representação governamental e da sociedade civil, incluindo usuários, entidades e trabalhadores do Suas, a conferência teve como tema central os 20 anos do Suas.
Segundo a secretária Executiva do Conselho Estadual de assistência social, Luana Tavares, para a região Norte e Nordeste, houve o aumento na distribuição de delegados eleitos para participarem da Conferência Nacional de assistência social, que acontecerá em Brasília/DF.
“O reconhecimento do fator amazônico e o aumento de vagas para delegados em conferências nacionais são, portanto, uma resposta à necessidade de garantir uma representação mais justa e equitativa para uma região de grande importância estratégica para o Brasil”, destacou.
O conselheiro nacional de assistência social e integrante da Gestão do trabalho do Suas, Marcílio Maquezine Ferrari, que acompanhou os dois dias de evento, também destacou a importância dos debates e da eleição dos delegados. Além dele, participaram Clara de Sá, técnica Ministério do Desenvolvimento e assistência social, Família e Combate à fome (MDS), e Pablo Wanzeller, do Fundo Nacional de assistência social (FNAS).

Foto: Jimmy Christian/SEAS
“A eleição dos delegados é fundamental, pois esses representantes vão à Conferência Nacional de assistência social, em Brasília, para definir as prioridades da assistência social em todo o país. Além disso, terão a missão de defender as propostas da Região Norte, especialmente do estado do Amazonas”, ressaltou.
Representatividade
A conferência também contou com a participação de representantes indígenas, como Apolinário Xamatawteri Yanomami, que destacou a importância de representar seu povo e levar informações para as comunidades Yanomami do município de Santa Isabel do Rio Negro, no estado do Amazonas.

Foto: Jimmy Christian/SEAS
“Represento 24 comunidades Yanomami do município de Santa Isabel e vim participar dessa conferência estadual para debater com vocês e com meus parentes que estão aqui. É importante chegar até este espaço e levar as informações para o meu povo”, destacou Apolinário.
Lourdes Ferreira, assistente social de Parintins e eleita delegada para a Conferência Nacional, destacou a importância da representação do Amazonas no evento nacional.“Nós, delegados eleitos para a conferência nacional, temos o dever de levar propostas, lutar pelos direitos dos usuários e construir um Suas amazônico que reflita a realidade da nossa região”, afirmou.
O debate promoveu reflexões sobre os avanços, retrocessos e desafios enfrentados ao longo desse período, reforçando a importância de uma responsabilidade compartilhada entre as esferas de governo para assegurar um sistema justo, igualitário e adaptado às especificidades do território amazônico.