Projeto ‘Consciência Negra’ do Colégio Brasileiro Pedro Silvestre resgata raízes africanas

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Por Redacao

Alunos apresentaram contação de histórias, músicas e danças em alusão ao Dia da Consciência Negra

FOTO: Euzivaldo Queiroz / Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar

Professores e alunos do Colégio Brasileiro Pedro Silvestre, localizado no centro, zona sul de Manaus, apresentaram, nesta segunda-feira (25/11), o projeto ‘Consciência Negra’, trabalho interdisciplinar idealizado pelas professoras das disciplinas de Língua Portuguesa e História. Com participação dos alunos do Ensino Fundamental e Ensino Médio, o projeto teve como objetivo reafirmar o compromisso da escola com a equidade e fortalecer a luta contra o racismo.

Durante os meses que antecederam o Dia da Consciência Negra, celebrado no dia 20 de novembro, os professores se empenharam em introduzir o tema durante as aulas para que os alunos começassem a se familiarizar com a história e a riqueza cultural da população negra.

Foi o momento em que os alunos produziram, em grupo, ‘lapbooks’ que contassem histórias de personalidades negras, como a de Zumbi dos Palmares, receitas africanas, além da conscientização sobre expressões que são consideradas racistas. Os lapbooks fizeram parte da exposição realizada durante o evento, que também contou com expressões artísticas de dança e canto.

FOTO: Euzivaldo Queiroz / Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar

“Nós iniciamos o projeto com um estudo abordando a consciência negra, trazendo para eles essa conscientização e essa maneira dos alunos tomarem posse do que realmente é deles, da cultura afro-brasileira”, esclareceu a professora idealizadora do evento, Lucilene Pereira.

Iniciando com a contação da história de Zumbi dos Palmares, as alunas do 6º ano protagonizaram a abertura do evento, que foi seguido pela coreografia “Carcará”, idealizada pelas professoras Anna Raphaella e Lucilene Pereira. Duas alunas do Ensino Médio também participaram do momento.

O Carcará foi utilizado na coreografia como uma representação de força, e, logo após, alunos do 7º ano e do 8º ano realizaram um desfile representando a beleza e a cultura negra por meio de personagens que marcaram a história do Brasil.

“A escola é viva e são eventos como esse que de fato fazem a educação acontecer. É um tema interessante que aborda vários aspectos, desde cultura, história, ética”, disse o diretor da unidade escolar, Anselmo Neto.

Por fim, alunos do 7º, 8º e 9º ano se uniram para apresentar a coreografia “Raízes Vivas”, representando a celebração da humanidade e a busca pelas raízes, valorizando as contribuições culturais que formaram a história do país.

“A gente tentou trazer um espetáculo que emocionasse, que ultrapassasse a barreira da estética do movimento, que fizesse uma inserção e uma imersão do público nesse universo que, às vezes, é mal compreendido”, ressaltou a professora Anna Raphaela, coreógrafa do grupo e também idealizadora do projeto.

Caracterizados e deixando a timidez de lado, os alunos receberam aplausos de todo o público, mostrando os conhecimentos adquiridos em relação ao tema. Para o aluno Cauã Daniel, 13, do 8º ano, a participação no projeto foi transformadora.

“A gente aprendeu muito sobre as raízes negras e foi muito bom para o nosso desenvolvimento tanto como pessoas na sociedade, quanto como alunos também”, finalizou o estudante.

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