Profissionais de saúde discutem atenção à toxoplasmose

Redacao
Por Redacao

A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), promoveu uma roda de conversa sobre toxoplasmose, nesta quarta-feira, 13/12, voltada a enfermeiros e médicos que atuam nos Distritos de Saúde (Disas) Oeste e Rural. A atividade foi realizada no auditório do Complexo de Saúde Oeste, no bairro da Paz.

O encontro foi o último de um ciclo promovido em todos os distritos da Semsa, em parceria com a Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), visando aprimorar a atenção à doença na rede básica de saúde, com ênfase em gestantes e recém-nascidos. Aproximadamente 250 enfermeiros e médicos da Semsa participaram da programação, que iniciou no final de dezembro.

Conforme a chefe do Núcleo de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente, Janaína Sá Terra, os encontros, conduzidos por gestores e técnicos da Semsa e da FMT-HVD, buscaram esclarecer dúvidas e informar as equipes que atuam nas unidades básicas sobre os fluxos de encaminhamento da toxoplasmose gestacional e congênita.

“O objetivo é orientar os profissionais para que façam um diagnóstico assertivo da toxoplasmose na gestação e a leitura correta do teste do pezinho, quando necessário encaminhando a gestante para um ponto de atenção especializada”, aponta a gestora.

Nas rodas de conversa, segundo Janaína, foram reforçadas orientações de notas técnicas da Semsa, Fundação de Vigilância em Saúde – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) e Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam), tratando da interpretação sorológica e do manejo de possíveis casos de toxoplasmose em recém-nascidos ou gestantes.

Um dos facilitadores dos encontros, o médico infectologista da FMT-HVD, Rogério Araújo de Paula, enfatizou que a toxoplasmose pode ser transmitida para o feto durante a gravidez, trazendo risco para a saúde do bebê, como danos na visão e no cérebro. Em razão disso, ele orienta às grávidas que procurem as unidades de saúde e iniciem o pré-natal até a 12ª semana, como recomenda o Ministério da Saúde.

“Isso é importante para que os exames iniciais sejam feitos e o médico possa logo detectar a doença, tomando as providências necessárias e, quando for o caso, encaminhando para a FMT-HVD, onde as gestantes com resultado positivo recebem atendimento especializado”, relata.

A enfermeira da Unidade de Saúde da Família (USF) Ajuricaba, Isolda Fonseca, foi uma das participantes da roda de conversa desta quarta-feira. Ela salientou a importância das rodas de conversa para assegurar o manejo adequado de eventuais casos de toxoplasmose em mulheres grávidas ou recém-nascidos atendidos na rede municipal de saúde.

“Na atenção básica, o foco maior são as grávidas. Os exames de toxoplasmose fazem parte do início do pré-natal. É uma doença que a gente identifica na atenção primária, mas encaminha para a secundária, no caso de um resultado positivo de exame”, aponta.

Doença

A toxoplasmose é uma doença infecciosa causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, comumente disseminado por meio das fezes de animais infectados, principalmente gatos. Ela pode ser transmitida aos seres humanos pelo contato direto com dejetos contendo o parasita ou pelo consumo de água e alimentos contaminados, bem como pelo consumo de carne crua de animais infectados.

A toxoplasmose pode trazer complicações graves durante a gestação, sendo capaz de levar à perda do feto ou comprometer a saúde do bebê, causando sequelas como anormalidades motoras, acometimento visual em variados graus, retardo mental e surdez.

— — —

Texto: Jony Clay Borges / Semsa

Fotos: Artur Barbosa / Semsa

Compartilhar este artigo