O menino de 5 anos, que ficou internado após ter sido brutalmente agredido pelo padrasto, deixou o hospital há aproximadamente 15 dias e agora vive sob a guarda provisória da avó paterna. O agressor segue foragido e está sendo procurado pela polícia, após o próprio menino relatar as agressões que sofreu dentro de casa.
Desde o início do caso, a Procuradoria Especial da Criança e do Adolescente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), coordenada pela deputada Débora Menezes (PL), acompanha a situação de perto. A parlamentar determinou que a equipe técnica da Procuradoria dê continuidade às visitas e garanta todo o amparo social, jurídico e psicológico necessários à criança e à família.
Na última quinta-feira (18/09), a equipe realizou visita domiciliar ao menino, que está temporariamente morando com a avó paterna na casa de uma amiga, na mesma rua, enquanto a residência da guardiã está em construção.
A assistente social Núbia Santos, responsável pelo acompanhamento, explicou que a visita tem como objetivo orientar a família sobre documentos, protocolos e benefícios. Entre os pontos observados, está a necessidade de transferir o Bolsa Família, antes vinculado à mãe, para a avó, que agora responde legalmente pela criança.
A avó paterna, uma mulher de 45 anos, mora com outros filhos, uma menina de 8 anos, um menino de 11 e uma jovem de 18. Ela destacou que não abrirá mão da guarda do neto, afirmando que ele é filho de seu filho já falecido há dois anos. O cenário mostra o esforço e o sacrifício da família para oferecer segurança e estabilidade ao menino.
Durante a visita, o menino demonstrou vontade de voltar à escola, sinalizando o desejo de retomar a rotina e a vida social. A psicóloga Francilane Mendes, que esteve presente na ação, destacou que ele tem demonstrado boa adaptação e consciência sobre sua nova realidade, mesmo após o episódio traumático.
Para a deputada Débora Menezes, o acompanhamento integral é indispensável. ‘O trabalho da Procuradoria é estar presente em cada etapa, assegurando que essa criança e sua família tenham todo o suporte possível. Não Podemos permitir que vítimas de violência fiquem desamparadas. É nossa missão garantir acompanhamento social, jurídico e psicológico, sempre priorizando o bem-estar da criança’, afirmou.
Enquanto o menino se recupera em casa, a polícia segue à procura do padrasto, que permanece foragido. Denúncias podem ser feitas pelo 190 ou pelo Disque 100.
O caso, que mobilizou diferentes setores da REDE de proteção, expõe a gravidade da violência contra crianças dentro do ambiente familiar, mas também mostra o papel fundamental de ações rápidas e articuladas para garantir que cada vítima siga em segurança e com dignidade.