Prefeitura pede apoio da população no combate à dengue

Redacao
Por Redacao

A Prefeitura de Manaus reforça o papel estratégico da população para fortalecer as ações de enfrentamento ao cenário epidemiológico da dengue na capital. O mais recente Boletim Epidemiológico de Arboviroses, da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) aponta que do dia 1/1 até o dia 27/1, a cidade apresenta um total acumulado de 809 casos confirmados de dengue, sendo 74 deles registrados na última semana (21 a 27/1).

As zonas Oeste, Leste e Sul registraram respectivamente 255, 245 e 225 casos confirmados de dengue e estão recebendo atenção especial da Prefeitura, que sinaliza que a capital está em situação de alerta e por isso os agentes de saúde estão reforçando as ações de prevenção e controle e monitorando o cenário epidemiológico.

A secretária municipal de Saúde, Shádia Fraxe, esclarece que alguns municípios do Brasil estão em situação de emergência, que é decretada quando há registro de óbitos e o poder público vê sua capacidade de resposta ao cenário epidemiológico comprometida, o que até o momento, não é a situação de Manaus.

No entanto, alerta Shádia, é necessário que a sociedade toda se envolva na missão de eliminar dos criadouros, a medida mais efetiva no combate às arbovirores. “Precisamos do reforço de toda a população para incorporar à sua rotina, a estratégia ‘Check List 10 Minutos conta Dengue’, que deve ser aplicada semanalmente em casa, na escola, no local de trabalho. Medida de proteção individual,  como o uso de repelentes, especialmente em gestantes, devido ao risco de Zika vírus, também devem ser adotadas”, ressalta.

Ações

A diretora Vigilância Epidemiológica, Ambiental, Zoonoses e da Saúde do Trabalhador, Marinélia Ferreira, explica que as frentes de trabalho da Semsa abrangem o controle vetorial mediante notificação dos casos, atuação de equipe da vigilância epidemiológica para investigação e busca ativa de contatos de pessoas com sintomas de arbovirose.

“Um aspecto importante que precisamos esclarecer é o uso do fumacê, que não deve ser a primeira medida adotada para combater as arbovirores. O fumacê só tem eficácia quando o vetor está na sua forma alada, não têm impacto sobre as larvas. Outro ponto é que uso dos produtos químicos seguem critérios relacionados à presença do vetor e ao número de casos. A ação principal consiste na eliminação dos criadouros. O fumacê é uma medida complementar”, explica.

Marinélia reitera o pedido de apoio à população que precisa vistoriar casas, quintais, locais de trabalho para eliminar possíveis criadouros como é o caso dos pneus, garrafas pet, vasos de plantas e qualquer outro local que possa acumular água. “Por mais que a gestão se esforce, essa guerra necessita do comprometimento de todos”, salienta.

Casos

Segundo dados do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (Sinan), os bairros Compensa, Redenção, Alvorada e Santo Antônio, na zona Oeste, estão entre os que mais registram adoecimentos, com 255 casos.

A Zona Leste, com 245 casos, aparece como a segunda em números de casos, sendo os bairros Colônia Antônio Aleixo, São José Operário, Jorge Teixeira e Gilberto Mestrinho, os de maior incidência de casos.

Já a Zona Sul da capital está em terceiro, com 225 casos confirmados.  Centro, Petrópolis, Japiim e Nossa Senhora das Graças estão entre as localidades com maior número de casos confirmados daquela zona geográfica.

Com o menor número de registros, a Zona Norte, com 83 casos confirmados, apresenta maior concentração de casos nos bairros Cidade Nova, Monte das Oliveiras, Colônia Terra Nova e Colônia Santo Antônio.

Boletim

Segundo o Boletim Epidemiológico de Arboviroses, até o dia 27/1, o número de casos confirmados de febre oropouche era de 515. A confirmação desta infecção por arbovírus ocorre por meio de exame diferencial realizado em casos suspeitos de infecção por dengue.

Os dados da quarta semana epidemiológica de 2024 apontaram, também, o registro de dois casos confirmados de zika. Até o fechamento da última edição do boletim, não havia registro de casos confirmados de chikungunya e de febre mayaro, esta última causada pelo mosquito Culicoides paraensis (maruim).

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Texto: Tânia Brandão/Semsa

Fotos: Artur Barbosa/Semsa

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