Com o tema “Vozes da Diversidade: A escola como Espaço de Equidade”, a Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de educação (Semed), realizou, nesta quarta-feira, 19/11, a 12ª plenária itinerante do Conselho Municipal de educação (CME), na escola municipal Cândido Honório, no bairro Alvorada 2, zona Centro-Oeste. O encontro teve como objetivo fortalecer o diálogo entre a comunidade escolar, gestores, docentes, estudantes e representantes sociais, aproximando o CME dos territórios educacionais.
O evento foi organizado no formato de roda de conversa, metodologia escolhida para ampliar o diálogo e permitir que diferentes participantes compartilhassem experiências e perspectivas sobre diversidade nas escolas. A programação também contou com apresentação cultural do grupo Myrihu, do Espaço de Estudo da Língua Materna e Conhecimento Tradicional Indígena Nusoken I, da comunidade Waikiru.
O presidente do Conselho Municipal de educação e representante do ensino público municipal, professor Evaldo Bezerra Pereira, destacou que as plenárias itinerantes promovem a aproximação do conselho com a comunidade escolar.
“Quando o conselho vai até as escolas, ampliamos a escuta e compreendemos melhor os desafios reais dos territórios. Falar de equidade é reconhecer que cada estudante tem uma trajetória própria, e a escola deve ser o espaço que acolhe todas essas vozes”, afirmou.
Representando a zona rural do município, a gestora Enilziane de Morais ressaltou a importância da participação na plenária, enfatizando que espaços de diálogo fortalecem a integração entre os diferentes territórios da REDE municipal.
“É muito significativo participar de um encontro que acolhe tantas vozes e reforça a importância da equidade. Esse diálogo fortalece o nosso trabalho e reafirma o compromisso da educação rural com uma REDE cada vez mais unida e sensível às particularidades de cada território”, afirmou.
A ativista indígena Marcivana Sateré Mawé, idealizadora e coordenadora-geral da Copime, trouxe reflexões sobre identidade, pertencimento e a presença dos povos originários em contexto urbano, destacando a necessidade de políticas públicas que valorizem as múltiplas territorialidades nas escolas. Ela reforçou que garantir equidade também envolve reconhecer a força da cultura indígena na cidade.
“Quando a escola compreende nossas territorialidades e reconhece nossa história, ela se torna um espaço de pertencimento. A equidade começa quando nossas identidades são vistas, respeitadas e valorizadas”, disse Marcivana.
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Texto – Jordana Rodrigues/ Semed
Foto – Divulgação/ Semed