Prefeitura de Manaus intensifica ações de prevenção e controle da hanseníase no Tarumã

Reporter da Cidade

Integrando as ações da campanha “Janeiro Roxo”, para a prevenção e controle da hanseníase, a Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), promoveu, nesta quarta-feira, 22/1, ações educativas e busca ativa de casos suspeitos da doença. A ação foi realizada pela equipe da Unidade Básica de Saúde da Família – Oeste 53 (UBSF – O 53), na igreja Adventista do 7º Dia, na comunidade Nações Indígenas, bairro Tarumã, zona Oeste. 

A atividade aconteceu durante a programação de saúde que a UBSF realiza mensalmente para atender a população com a oferta de consultas médicas, atualização da caderneta de vacinação, testagem rápida para HIV, sífilis e hepatite B e C, verificação de pressão arterial, consulta de enfermagem e avaliação odontológica.

A enfermeira Mineia Rossete explicou que as ações de prevenção e controle da hanseníase foram intensificadas pela equipe de saúde em janeiro, inclusive na programação agendada uma vez ao mês para atendimento em locais fora da UBSF.

“Nas duas últimas quartas-feiras do mês, a UBSF realiza atividades em duas comunidades indígenas, com atendimento médico, acompanhamento do Bolsa Família, vacina e outros serviços de saúde. Como estamos no Janeiro Roxo, aproveitamos para reforçar também as ações de prevenção e controle da hanseníase, com avaliação dermatológica e palestra educativa para orientar sobre sintomas, transmissão e o fluxo de atendimento na Semsa”, informou Mineia Rossete.

A hanseníase é uma doença infecciosa crônica, causada pelo Mycobacterium leprae, também conhecido como bacilo de Hansen. A transmissão da doença ocorre de uma pessoa infectada pelo bacilo (sem tratamento) para uma pessoa sadia, por meio de gotículas de saliva eliminadas na fala, tosse ou espirro. As chances de transmissão são maiores quando o contato com a pessoa doente é próximo e prolongado, em ambientes fechados, com pouca luz e pouca ventilação.

Durante a ação, o médico Luiz André Moreira, que atua na UBS Lindalva Damasceno, contou que as ações em comunidades fazem parte da programação da Semsa para facilitar o acesso da população aos serviços de saúde.

“Este mês de janeiro, o foco maior é em relação à hanseníase, com maior atenção aos sintomas, geralmente lesões características na pele, esbranquiçadas ou acastanhadas, que perdem a sensibilidade. O paciente vem para o atendimento e, independente dos sintomas, procuramos avaliar e verificar se há sinais indicativos da hanseníase”, afirmou Luiz Moreira.

A artesã Ana Célia Barros da Costa, cacique da etnia Miranha, é moradora da comunidade Nações Indígenas desde 2011 e destacou a importância das ações educativas para esclarecer aos moradores sobre a prevenção de doenças, além das consultas médicas.

“É um privilégio ter as ações dentro da nossa comunidade, não precisar ir até a UBS. É a UBS que vem até a gente com oferta de serviços. E as ações educativas, como da hanseníase, são importantes para divulgar dentro da comunidade, os sintomas e como é a transmissão das doenças”, destacou Ana Célia.

Sintomas

Os sintomas da hanseníase incluem: Manchas na pele esbranquiçadas, amarronzadas ou avermelhadas, em qualquer parte do corpo, com perda de sensibilidade ao calor, ao frio, a dor e ao tato, que são mais frequentes nos braços, pernas e costas, mas podem aparecer no corpo inteiro; Sensação de fisgada, choque, dormência, câimbras e formigamento em algumas áreas dos braços, mãos, pernas ou pés; Inchaço e dor nas mãos, pés e articulações; Diminuição do suor e dos pelos, principalmente nas sobrancelhas; Redução da força muscular, sobretudo nas mãos (dificuldade para segurar objetos) ou nos pés.

Em 2023, o município de Manaus registrou 102 casos novos de hanseníase, e no ano passado foram 91 casos confirmados. Este ano já houve o registro de um caso novo da doença.

— — — Texto – Eurivânia Galúcio / Semsa Fotos –  Divulgação / Semsa

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