Especialistas alertam para pais, responsáveis e a população estarem atentos às crianças e adolescentes

Foto: Jimmy Christian/Seas
A Secretaria de Estado da Assistência Social (Seas), por meio do Departamento de Proteção Social e Especial (DPSE), está promovendo ações estratégicas, por todo o mês de maio, de apoio a Campanha do 18 de Maio, ou Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. O foco é chamar a atenção de pais, responsáveis e a sociedade, sobre o abuso sexual infantil e esclarecer como identificar sinais de abuso em uma criança.
Especialistas que atuam na rede de proteção de combate a esse tipo de crime, apontam que os sinais que se manifestam no corpo de uma criança e adolescentes são diversos: passam por mudanças de comportamento, alteração de humor e hábitos; medo e pânico; distúrbios do sono. Existem outros como: hematomas, automutilação, infecções urinárias recorrente, infecções sexualmente transmissíveis e até tentativas de suicídio.
O psicólogo Ednaldo Gomes, lotado no DPSE, destaca a importância de estar atento à criança e ao adolescente, porque em caso de violação, é possível identificar sinais diversos como constante irritabilidade, agressividade, retração; às vezes a criança passa a fazer xixi na cama, tem dificuldade para defecar, não consegue se alimentar, entre outras.
O especialista destaca ainda que, normalmente, a criança ou o adolescente, dá sinais na conversa, solta uma frase em meio a um diálogo com o adulto, fazendo comparações, principalmente quando se trata de alguém próximo como um tio, primo, irmão. “Há situações de traumas, quando a criança não consegue verbalizar, ficando em tristeza profunda, não lembra do que aconteceu, como se apagasse da memória”, frisa.
Ao perceber alteração na saúde física e mental de uma criança ou adolescente, Ednaldo Gomes recomenda dobrar a atenção, caso identifique algum tipo de violação, seja no meio familiar, na escola ou na internet, denunciar para as autoridades competentes, por meio do Disque 100, por exemplo. “Atualmente, os crimes cibernéticos são muitos; é preciso estar atento ao que a criança está assistindo; com quem está conversando e antes de tudo, procurar manter uma relação de confiança”, sintetiza.

Foto: Jimmy Christian/Seas
O Maio Laranja foi instituído por meio da Lei nº 14.432, de 3 de agosto de 2022, para conscientizar a sociedade sobre os abusos sofridos pela população infanto-juvenil. A campanha visa mostrar aos pais, avós, responsáveis, e às próprias crianças, serviços oferecidos pelo Governo do Estado por meio da rede de proteção de combate a esse tipo de crime.
Ações estratégicas
A Coordenação Estadual do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti/DPSE/Seas) está realizando várias ações estratégicas por todo o mês de maio, tanto nos seis Centros Estaduais de Convivência da Família (CECFs), como em lugares públicos, visando chamar a atenção da sociedade para o combate à exploração sexual em crianças e adolescentes, uma das piores formas do trabalho infantil.
A coordenadora do PETI, Leila Gazel, informa que os técnicos que atuam no psicossocial dos CECFs, estão sendo treinados e capacitados para atuarem fortalecendo a campanha na comunidade e nas escolas públicas. O dia D da campanha será no dia 16 de maio, às 8h30, no CECF Magdalena Arce Daou, situado no bairro Santo Antônio, com o apoio dos demais centros.
“Vamos fazer uma caminhada de mobilização nos semáforos, com a entrega de panfletos, chamando a atenção das pessoas para combater esse tipo de crime, que deixa marcas profundas nas crianças e adolescentes”, frisa Leila Gazel, informando que a Seas participa da Operação Caminhos Seguros, em parceria com órgãos de segurança púbica e a rede de proteção de crianças e adolescentes, nos semáforos e nas embarcações.
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