FVS-RCP participa de estudo sobre eficácia de inseticidas no controle da malária no Amazonas

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Fundação atua em parceria com FIOCRUZ, CDC, IEPA, IRD e Semsa Iranduba

FOTO: Aline Reis/FVS-RCP

Para fortalecer as ações contra a malária no Amazonas, a Fundação de Vigilância em saúde – Dra Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), da Secretaria de Estado de saúde (SES-AM), participa de pesquisa científica para monitorar a eficácia da termonebulização, processo para controle do mosquito do gênero Anopheles, vetor da doença.

O estudo é realizado em parceria com o Instituto Oswaldo Cruz (IOC) da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD), o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (IEPA) e Secretaria Municipal de saúde (Semsa) de Iranduba (distante 27 quilômetros de Manaus).

Conduzida por técnicos da FVS-RCP, o estudo está sendo realizado para avaliar a eficácia da termonebulização, também conhecida como FOG (uma névoa ultrafina de inseticida destinada ao controle de insetos adultos). O município de Iranduba foi escolhido pela proximidade com a capital do estado e pela relevância epidemiológica para a malária.

A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, ressalta que a pesquisa vai ao encontro dos objetivos do Ministério da saúde para o Brasil que é de eliminar a doença até 2035. “Com a avaliação é possível contribuir com a busca por redução da incidência de malária e a gravidade dos casos com consequente interrupção da transmissão da doença”, destaca.

O subgerente de entomologia do Departamento de Vigilância Ambiental da FVS-RCP, Ronildo Alencar, afirma que o resultado desse estudo, auxiliará nas estratégias de controle vetorial da malária. “A ideia é saber se essa aplicação de inseticida diminui a densidade populacional de mosquito no município”, enfatiza.

O pesquisador José Bento Pereira Lima, da FIOCRUZ, ressalta a importância do trabalho conjunto para o desenvolvimento da pesquisa. “Essa é uma parceria da FIOCRUZ com a FVS no município de Iranduba. A gente não consegue fazer (a pesquisa) se não tiver os parceiros”, afirma.

Sobre a pesquisa

A pesquisa científica tem duração de quatro meses e segue até agosto deste ano. A termonebulização, processo utilizado nesse estudo, já é empregado para controle de mosquitos do gênero Anopheles, vetor da malária no Amazonas.

Durante a pesquisa, a eficácia da termonebulização está sendo avaliada com base na redução da população silvestre do mosquito Anopheles darlingi, após três ciclos de aplicação do inseticida. Cada ciclo é composto por três dias consecutivos de aplicação, seguidos de um intervalo de quatro dias sem intervenção.

Outra abordagem utilizada para avaliar a eficácia do método consiste na exposição de mosquitos criados em condições de laboratório, mantidos em gaiolas, aos ambientes onde o inseticida é aplicado.

Essas gaiolas são posicionadas estrategicamente nas áreas de intervenção durante a termonebulização e, posteriormente, comparadas com gaiolas-controle, que permanecem em ambientes sem aplicação do inseticida.

A comparação entre os índices de mortalidade dos grupos expostos e não expostos permite uma análise precisa da efetividade do produto utilizado.

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