Debate nacional sobre reabilitação das áreas centrais urbanas

Redação

Em Recife (PE), a Prefeitura de Manaus, por meio do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), apresentou, nesta quarta-feira, 12/6, o programa “Nosso Centro”, no 1º Encontro Brasileiro de Urbanismo em Áreas Centrais, que reúne pesquisadores, gestores públicos, técnicos e especialistas de todo o Brasil para discutir políticas públicas integradas para a reabilitação urbana.

Com o Painel Manaus, o diretor de Planejamento Urbano do Implurb, arquiteto e urbanista Pedro Paulo Cordeiro, abordou a experiência da capital amazonense na reabilitação de sua área central.

“Temos resultados com o programa, como hoje a área do mirante Lúcia Almeida estar sendo muito visitada e procurada desde a contemplação até a gastronomia regional, exposições e diversos eventos que estão acontecendo no local. Estamos levando pessoas para uma área que antes estava abandonada e degradada, que foi reformada com projeto arquitetônico e que tem a vista do rio Negro. Reafirmamos que existe sim a possibilidade de se criar estruturas, reformas, retrofit e reabilitação urbanas”, explicou Cordeiro.

O arquiteto lembrou que antes existia zero de área pública e que atualmente há mais de seis mil metros quadrados construídos, além do píer turístico que complementa e reforça a questão do turismo na capital. “Manaus era precária neste quesito e hoje temos um local totalmente estruturado e seguro para realizar um circuito de passeios fluviais de pequenas e médias embarcações”, comentou.

Cordeiro reafirmou que Manaus tem condição de ser um hub turístico com os projetos entregues recentemente e com os projetos que estão em construção, como o parque Encontro das Águas Rosa Almeida, e sempre com a tendência de contemplação da paisagem. “Temos absoluta certeza que o ‘Nosso Centro’ está no caminho certo, com um território rico a ser explorado pelo turismo e pelos moradores da cidade na área mais antiga de Manaus, e queremos contar a sua história”.

Capital

Em Manaus, as ações se estruturam em torno de intervenções de projetos arquitetônicos, especialmente na recuperação e reuso de edifícios históricos degradados e sem uso, atribuindo uma nova função relacionada a lazer, turismo e habitação, e no entorno desses locais, requalificando ruas e espaços públicos.

O Painel Manaus contou com a participação de Rodrigo Capelato, docente do Departamento de Arquitetura e Urbanismo na Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e com a mediadora Mariana Asfora, presidente do Instituto da Cidade Pelópidas Silveira, da Prefeitura de Recife.

O evento

O evento, organizado pela Prefeitura de Recife, por meio do Gabinete do Centro do Recife (Recentro), pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco (CAU/PE), Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com apoio do Ministério das Cidades e da Frente Parlamentar pelos Centros Urbanos, tem como objetivo discutir e propor soluções para a revitalização dos centros urbanos brasileiros. A ideia é estruturar um acordo de cooperação técnica entre as cidades envolvidas na rede de urbanismo em áreas centrais, criado em 2023.

O encontro será um espaço para o compartilhamento de experiências bem-sucedidas de políticas públicas, planos, programas e projetos voltados à reabilitação de áreas centrais urbanas. Por intermédio de painéis, mesas-redondas e oficinas, os participantes poderão trocar conhecimentos e debater os principais desafios e oportunidades para a revitalização urbana no Brasil. Atualmente, participam do acordo de cooperação técnica as cidades do Recife, Salvador (BA), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Manaus (AM), Campo Grande (MS), Porto Alegre (RS) e São Luís (MA).

“O encontro demonstra que Recife, mais uma vez, está na vanguarda, redefinindo as discussões sobre o futuro dos centros urbanos das cidades. A gente está reunindo profissionais, gestores e pesquisadores com o objetivo de discutir experiências pioneiras colocando a participação ativa do poder público, das universidades, entidades privadas e da própria população. Queremos que o exemplo que criamos em Recife, com Programa Recentro, sirva de inspiração”, concluiu a chefe do Recentro, Ana Paula Vilaça.

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Texto – Claudia do Valle e Divulgação/Implurb

Fotos – Implurb/Divulgação

  

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