Dan Câmara defende a participação das mulheres nas forças de segurança

Redação

Nesta quinta-feira (7/3), o deputado Comandante Dan (Podemos) falou em favor da participação feminina nas forças de segurança pública do Amazonas. Ele defendeu a participação da mulher na segurança pública e disse que está pacificada, mas há muito por ser consolidado.

Câmara fez referência à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) do último dia 14 de fevereiro, que derrubou a cota de 10% para mulheres no concurso da Polícia Militar do Amazonas, que havia produzido efeito oposto e limitou a participação feminina no certame. O parlamentar considera que o marco percentual talvez tenha sido estabelecido quando o universo feminino era desconhecido das forças policiais e talvez essa fosse mesmo a hora de rever os paradigmas.

“Precisamos enxergar a mulher como cidadã, que tem direitos e deveres e precisa ter a liberdade de exercê-los e enxergar a mulher, não apenas como esposa ou mãe, entretanto enquanto cidadã, capaz de ocupar os mais diversos papéis na sociedade democrática. Na democracia todos são socialmente iguais e humanamente distintos”, enfatizou Dan Câmara.

Ainda em sua fala, propôs a reflexão que a decisão do STF e o tempo em que vivemos mostram que é necessário rever a avaliação de desempenho e efetividade dos policiais. Segundo ele, as mulheres são estratégicas e capazes de construir relações com a comunidade mais facilmente que homens, o que é importante a segurança das mulheres, maioria da população brasileira, que precisam ser revistadas por mulheres.

“Precisamos manter o foco na modernização em favor da excelência do serviço público, que tem admissão por concurso público, que inclui o teste de aptidão física, como parte do concurso, o que nivela as candidatas e os candidatos, sem distinção, e afasta qualquer fantasma sobre desempenho físico”, finalizou Câmara.

Crescimento da violência doméstica contra a mulher

Dan Câmara voltou a repercutir dados estatísticos da Secretaria de Segurança do Amazonas (SSP/AM), que revelaram um aumento de 13% das mulheres vítimas de violência doméstica, de 2022 a 2023.

“O aumento ganha voz nas audiências que realizamos no interior e há pedidos nas cidades da região metropolitana de Manaus, ou apenas próximas à capital, que sejam tomadas medidas de combate a essa manifestação de violência. É uma ocorrência que preocupa muito, pois a ação policial é muito mais repressiva que preventiva. Também é um crime praticado na intimidade do convívio familiar. A sociedade precisa encontrar medidas preventivas”, afirmou Comandante Dan.

  

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