Coronel Rosses denuncia abandono da Base Arpão e descaso com segurança pública

Redação

Em pronunciamento na tribuna da Câmara Municipal de Manaus (CMM) na manhã desta terça-feira (13 de maio), o vereador Coronel Rosses (PL) fez duras críticas ao Governo do Amazonas pelo descaso com a segurança pública no Estado, com destaque para a situação de abandono da Base Arpão, localizada na calha do Solimões.

A base, reinaugurada em janeiro de 2024 com o objetivo de combater o tráfico de drogas, pirataria e crimes ambientais, foi descrita pelo parlamentar como um “símbolo de negligência” e “vergonha nacional”.

Rosses apresentou imagens que mostram a Base Arpão em condições precárias, com piso coberto por água suja, paredes mofadas e estrutura deteriorada, destacando o valor milionário investido na reforma.

“Como pode uma base recém-reformada, estratégica para a segurança do Amazonas, estar em um cenário de insalubridade?”, questionou o vereador, destacando as condições desumanas enfrentadas pelos policiais que atuam na região. Ele classificou a situação como uma “afronta à tropa, ao cidadão e ao dinheiro do contribuinte”.

O parlamentar também expôs problemas, considerados crônicos por ele, na segurança pública do Estado, como viaturas em condições precárias, com infiltrações e falta de combustível, além de embarcações que afundam durante diligências e veículos recolhidos por falta de pagamento.

“As condições de segurança no Amazonas são críticas. Os policiais enfrentam não só o perigo da profissão, mas também o descaso institucional”, afirmou.

A Base Arpão, que deveria ser um modelo de integração entre Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Departamento de Polícia Técnico-Científica, Força Nacional e Marinha do Brasil, foi planejada para reforçar a segurança em municípios como Barcelos e Santa Isabel do Rio Negro. No entanto, segundo Rosses, a estrutura não cumpre seu propósito devido à má gestão e falta de manutenção.

O vereador também trouxe dados alarmantes do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que apontam altas taxas de homicídios em municípios fronteiriços do Amazonas, como Tabatinga (63,8 por 100 mil habitantes) e Coari (62,7 por 100 mil), entre 2018 e 2020, superando a média nacional.

“Nem esse genocídio na fronteira faz o governo repensar o tratamento e as condições de trabalho dos profissionais da segurança”, criticou.

Coronel Rosses exigiu esclarecimentos imediatos do Governo do Estado e da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM) sobre a situação da Base Arpão, cobrando informações sobre a empresa responsável pela reforma, o valor pago, o prazo de garantia da obra e as razões para o rápido deterioramento da estrutura.

“O povo do Amazonas merece respostas, a tropa merece respeito e o dinheiro público merece zelo”, destacou.

O parlamentar prometeu não se calar e afirmou que continuará cobrando ações para garantir a valorização dos profissionais de segurança e a correta aplicação dos recursos públicos.

Texto: Andrezza Lira (assessoria de imprensa do parlamentar)

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