Comandante Dan repercute a situação da BR-319

Reporter da Cidade

Com três anos e oito semanas sem solução para a ponte que desmoronou sobre o Rio Autaz-Mirim, o deputado Comandante Dan (Podemos) levou à tribuna da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), o desleixo da Superintendência Regional do Departamento Nacional de infraestrutura de Trânsito (DNIT) sobre as questões que envolvem os cuidados com as questões ligadas àquela estrada, que liga Manaus a Porto Velho (RO).

“Troféu ‘Óleo de Peroba’ para o empreiteiro da obra da Ponte e para o superintendente regional do DNIT, engenheiro Orlando Fanaias. É inadmissível o que acontece ali. Eu realmente não acredito que esse problema se prolongaria tanto, caso estivéssemos em outra região do país. Há uma expressa desatenção e desrespeito ao Amazonas. Veja o exemplo da Ponte Firmino Gouveia, de Outeiro a Belém (PA), iniciada do zero em 2024 e entregue na semana da COP30”, disse.

O parlamentar é o líder do Movimento Soluciona BR-319, que reivindica a trafegabilidade com segurança, única via de ligação terrestre entre os estados do Amazonas e Roraima com o restante do território nacional.

Uma das questões mais repercutidas pelo Movimento liderado pelo deputado Comandante Dan é o licenciamento do “trecho do meio” da BR, que se encontra em impasse jurídico e com a licença prévia suspensa, apesar da liberação da licença pelo IBAMA em 2022 e da manutenção da licença pelo TCU em 2025. As obras ainda não possuem licença de instalação devido a decisões judiciais e à necessidade de atender às condicionantes ambientais e de governança.

“Chega a ser vergonhoso que o Governo Federal prometa a todo custo a pavimentação da via, ao mesmo tempo que parte do mesmo governo apela judicialmente pelo impedimento da obra, sob a arguição de prejuízo ambiental expressivo. Ora, quem detém o poder de polícia ambiental é o Executivo Federal. Se ele fizer o que lhe cabe, a situação será outra. Mas no estado atual da estrada, isso sim, há a facilitação para a realização de queimadas e outros crimes ambientais, pela impossibilidade de fiscalização, já que a BR está intrafegável”, declarou o deputado.

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