Famílias de duas das cinco vítimas das quedas da ponte do rio Curuçá, na BR-319, tiveram voz na tribuna do Legislativo Estadual, nesta terça-feira (10/9), por iniciativa do deputado Comandante Dan (Podemos). Às vésperas de completar dois anos da tragédia, no próximo dia 28, falta laudo pericial para que o processo saia da esfera policial e siga ao judiciário.
“É desumano o que estamos vendo e essas famílias nos mostram o tratamento dado ao povo do Amazonas. Passados dois anos, sequer foram ouvidos e nós queremos justiça e queremos soluções”, declarou o parlamentar, que deu voz à Kelly Araujo Fernandes, filha da vítima João Nascimento Fernandes e a Francione Viana de Araújo, filho da vítima Maria Viana Carneiro.
Muito emocionados, os dois narraram que em momento algum foram assistidos ou receberam apoio. Disseram, ainda, que o deputado Dan Câmara foi o primeiro a dar atenção e voz a eles, que clamam por justiça.
“Não queremos milhões, queremos justiça e responsabilidades apuradas”, afirmou Francione Viana.
Kelly e Francione disseram, ainda, que as pontes estavam em risco havia muito tempo e que isso era de conhecimento das autoridades.
“As pontes balançavam e rugiam. Colocaram barro e pintaram, o que jamais resolveria o problema. O que houve foi um crime com nossos familiares”, declarou a filha de João Fernandes.
#SolucionaBR319
Comandante Dan exibiu um vídeo com o histórico recente da BR-319 e a queda das duas pontes.
“O oxigênio para salvar a vida do nosso povo durante a pandemia da Covid-19 veio pela estrada, que estava intrafegável. O que seria isso senão uma espécie de genocídio? Vivemos agora uma estiagem sem precedentes e assustadora, nossos rios estão secando e a única alternativa, senão a aérea, é pela BR-319. A pandemia acabou em 2022, mas em 2024 tudo continua igual ou talvez pior”, disse o Comandante.
O parlamentar lidera um movimento em favor da trafegabilidade da estrada, que liga Manaus a Porto Velho, e promoverá no dia 28 de setembro o ato, um Brado de Cidadania, nas ruínas da ponte do rio Curuçá. A seguir, no dia 8 de outubro, um novo brado será realizado nas ruínas da ponte do rio Autaz Mirim.