
O deputado estadual Comandante Dan (Podemos) lembrou que, nos primeiros dias do governo Lula, a pavimentação da BR-319 era enumerada como prioridade. Passados dois anos e onze meses, a prioridade não saiu do papel. Ele lembrou que no governo anterior, o vice-presidente da República, hoje senador Hamilton Mourão (Republicanos), prometeu ‘comer a boina’, caso a pavimentação daquela estrada não fosse realizada. A fala ocorreu nesta terça-feira (2/12), durante sessão plenária da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).
“A BR-319 é vetor de desenvolvimento para nós, do Amazonas, aliás para nós do Amazonas e de Roraima, nossa única ligação terrestre com o restante do país. Ela traz a possibilidade de transporte de carga mais barato e ininterrupto, mesmo durante secas, que ultimamente descontinuaram a navegação fluvial, deixando o Amazonas isolado. Mas nada disso, nem mesmo o apelo de mais de 4 milhões de habitantes, é capaz de fazer o governo cumprir suas promessas”, afirmou o parlamentar.
policial militar da reserva, o deputado Dan tem assumido a frente das pautas desenvolvimentistas, ligadas ao interior do Estado. Ele reivindica uma nova estrutura portuária, aeroportuária e rodoviária ao Amazonas.
“As mudanças climáticas e as tragédias climatológicas e hidrológicas, que passaram a ser o nosso NOVO normal, impõe que o Estado se reposicione em termos de logística. Nossos rios passaram a ser temporários, de acordo com a gravidade da vazante, e nossa população do interior fica completamente refém da chegada de ajuda externa, seja para ser abastecida, seja para escoar produção. Precisamos sair dessa realidade medieval em que nosso interior está imerso. O Amazonas que queremos é outro: preservado, produtivo, com qualidade de vida para os cidadãos e cidadãs do interior”, avaliou.
Comandante Dan é líder do Movimento Soluciona BR-319, que reivindica a trafegabilidade com segurança daquela via. Entre as pautas levantadas sobre a estrada, o parlamentar reivindica a entrega das pontes que desmoronaram sobre os rios Curuçá e Autaz-Mirim.
“Três anos e nove semanas se passaram e a UNIÃO mostra sua incompetência em solucionar um problema estrutural do Amazonas. Se isso fosse em outra região do país, a realidade seria outra”, finalizou.