O deputado Comandante Dan (Podemos) defendeu, nesta quarta-feira (24/9) atenção às famílias que foram alcançadas pela ação de combate à mineração ilegal na calha do rio Madeira. Para o parlamentar, é urgente distinguir o que é o narcogarimpo e o que é a mineração familiar para sobrevivência.
“Precisamos distinguir os criminosos ambientais da nossa gente que quer trabalhar. A sobrevivência no interior não é fácil. Por isso, considero necessária uma abordagem social, com a necessária triagem, às famílias que se viram impedidas da prática da lavra familiar”, disse.
Segundo estimativas da polícia Federal, o garimpo ilegal extraiu, em sete meses, R$ 245 milhões em ouro do rio Madeira. Os impactos socioambientais estão avaliados em mais R$ 631 milhões, elevando o prejuízo total a R$ 876,4 milhões.
A operação da PF, realizada no sul do Amazonas, de 8 a 19 de setembro, destruiu 277 balsas e dragas usadas na extração ilegal de ouro. A ação foi a primeira sob a coordenação do Centro de Cooperação policial Internacional da Amazônia (CCPI), recém inaugurado pelo presidente Lula.
Além da abordagem social e do pagamento de alguma espécie de auxílio às famílias alcançadas pela ação, o deputado Comandante Dan também defendeu:
Controle e monitoramento da faixa de fronteira do Amazonas e da ação do narcogarimpo na calha do Madeira, no Sul do Amazonas, com uma gestão integrada na área;
Revisão da política mineradora para a área;
Revisão das licenças de lavra familiar;
Fiscalização intensa da atividade mineradora na área.