Comandante Dan alerta que violência não diminuirá sem o combate ao crime organizado na fronteira

O deputado estadual Comandante Dan (Podemos) repercutiu os dados sobre a violência em Manaus e no Amazonas, divulgados no “Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024”, que mostra as estatísticas criminais do país em 2023 e traça comparativos entre cidades e estados.

Manaus aparece como a primeira colocada entre as cidades brasileiras em roubos e furtos celulares. Na avaliação da equipe técnica que elaborou o documento, roubos e furtos de celulares são portas de entrada do crime organizado para o mundo virtual e peça-chave no crescimento do medo e da insegurança da população.

“Os delitos de rua, como assaltos a ônibus e roubos de celulares, são sintomas e não causa da doença, precisamos combater a causa. Os pequenos crimes são praticados em geral para compra de droga ou pagamento de dívida com o traficante. Se não tivermos uma ação na faixa de fronteira para conter o avanço do crime organizado transnacional, estaremos enxugando gelo”, afirmou o deputado, que é policial militar da reserva e já comandou a PM.

Outro dado que o parlamentar destacou foram as mortes violentas intencionais (MVI). O Amazonas está entre as 18 unidades da federação que mantêm taxas acima da média nacional em MVIs. A Região Metropolitana de Manaus é a 15ª em MVIs entre as regiões metropolitanas/de transição, com 42,6 mortes para cada 100 mil habitantes.

“Tivemos uma melhoria nos números da segurança pública, e isso precisa ser reconhecido, mas nossos dados ainda estão muito acima da média nacional e assustam. Um plano de segurança eficiente, eficaz e efetivo para o Amazonas obrigatoriamente precisa considerar como prioridade o combate ao narcotráfico que entra pela faixa internacional de fronteira. O Estado sozinho, não consegue e precisa contar com a parceria das instituições nacionais”, disse Dan.

A força policial e os crimes

Comandante Dan frisou a necessidade de cuidado aos agentes responsáveis pela aplicação da Lei. O Anuário trouxe à tona que, entre os policiais, os suicídios superam mortes em confronto. Ele considera que é fundamental uma atenção redobrada à saúde mental de policiais, quem quer melhorar os índices de segurança pública precisa investir nisso.

Ele também destacou que o Amazonas ocupa posição privilegiada na variação da taxa de mortes decorrentes de intervenções de policiais civis e militares. Das 27 unidades da federação, o Amazonas teve a maior variação de queda: – 40,4%.

“Essa tropa é merecedora de aplausos e de data-base. O bom policial é próximo da comunidade”, finalizou.

   

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