
Com capacidade inicial para atender 250 crianças na faixa etária de 1 a 14 anos, o Centro de Inclusão Sensorial da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) deve ser inaugurado até o fim de novembro. O espaço oferecerá atendimento especializado a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Síndrome de Down.
O presidente da Aleam, deputado Roberto Cidade (UNIÃO Brasil), destacou a importância do avanço na área da saúde da Assembleia Legislativa com a criação do Centro de Inclusão Sensorial.
“Sou pai atípico. Eu sei o que um pai e uma mãe passam no dia a dia. Nós, como homens públicos, temos de criar oportunidades para incluir ainda mais pais, mães e filhos atípicos, com novas técnicas e espaços especializados no tratamento do transtorno. Com certeza, a inauguração, prevista para o fim de novembro, é mais um avanço importante da Aleam na área da saúde e da inclusão”, afirmou.
Roberto Cidade ressaltou ainda que o Centro de Inclusão Sensorial da Aleam será o primeiro implantado por uma Assembleia Legislativa da região Norte a oferecer terapias especializadas para mais de 250 crianças com TEA, Síndrome de Down e outros transtornos.
“É mais um legado que nossa gestão deixa na Assembleia Legislativa”, enfatizou.
O diretor de saúde da Aleam, médico Arnoldo Andrade, avaliou que o Centro de Inclusão Sensorial será um grande exemplo para a sociedade, mostrando que a “Casa do Povo” faz política colocando em prática as necessidades da população.
“Sabemos das dificuldades que as pessoas com necessidade de inclusão sensorial enfrentam para encontrar um espaço adequado. A sociedade ainda não estava preparada para tantos casos de autismo, Síndrome de Down e TDAH (Transtorno do déficit de Atenção com Hiperatividade). A Assembleia Legislativa dá uma resposta à sociedade ao criar um espaço para atender um grupo que precisa muito desse tipo de tratamento”, destacou.
O médico afirmou que o público-alvo inicial do Centro será composto por crianças de 1 a 14 anos, faixa etária em que, segundo a ciência, há maior capacidade de inclusão social por meio de um tratamento multidisciplinar.
“Claro que o nosso trabalho não se restringe apenas a essa faixa etária. Vamos avaliar outras, pois a ciência nos mostra novidades todos os dias. Uma vez comprovado que outras idades também podem ser beneficiadas, certamente buscaremos o melhor e nos adaptaremos à nova realidade”, completou.
Serviços do Centro
O Centro de Inclusão Sensorial oferecerá atendimento médico ambulatorial, acompanhamento com nutricionistas, terapia ocupacional, fonoaudiologia, fisioterapia, odontologia e outras especialidades voltadas à recuperação motora e ao desenvolvimento sensorial.
Dados no Amazonas
O Censo 2022 do Instituto Brasileiro de geografia e Estatística (IBGE) trouxe dados sobre o número de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no Amazonas. No estado, 1,1% da população declarou já ter recebido diagnóstico de autismo por um profissional de saúde.
O levantamento nacional revelou um total de 2,4 milhões de brasileiros diagnosticados com TEA, o equivalente a 1,2% da população do país.
No Amazonas, os dados mostram que o diagnóstico é mais comum entre homens (1,4%) do que entre mulheres (0,8%). Em relação à cor ou raça, o percentual é maior entre pessoas brancas (1,5%), seguido por pretas (1%), enquanto o menor índice está entre os indígenas (0,7%).