Aterro sanitário e saúde pública foram os temas debatidos na Assembleia Legislativa do Amazonas, nesta quarta-feira

A prorrogação do prazo de funcionamento do aterro sanitário de Manaus até abril de 2028 e a precariedade no atendimento de crianças no Pronto-Socorro infantil da zona Sul de Manaus foram os temas tratados, na Sessão Plenária, desta quarta-feira (10/4), na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).

Em seu discurso, o deputado Rozenha (PMB) manifestou preocupação com a decisão do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), homologada na última segunda-feira (8), que prorroga o prazo de funcionamento do aterro sanitário de Manaus até abril de 2028 e com o acordo entre o Ministério Público do Estado e a prefeitura do município prevendo que, paralelamente à prorrogação de atividades, um novo aterro seja instalado e comece a operar na capital.

O parlamentar disse que seu receio é que já existe um aterro sanitário nas margens do igarapé do Tarumã, na cabeceira do aterro do leão, construído em sigilo.

“Receio que seja uma manobra para colocar nas mãos do Ministério Público e da Justiça um aterro já pronto, feito pela empresa Marquise, que resolveria o problema da destinação do lixo de Manaus por um lado, mas por outro, traria um problema ambiental de proporções catastróficas. A bacia do Tarumã é a derradeira bacia hidrográfica que ainda resiste e a preservação das nossas águas é um dos cuidados que as empresas que trabalham com a destinação do lixo devem ter. Por isso, o aterro deve ser novo, construído do zero”, explicou.

Relatando a visita de fiscalização, que realizou nas unidades de saúde públicas do Estado, o deputado Wilker Barreto (Mobiliza) mostrou a precariedade do atendimento de crianças doentes que esperavam atendimento no Pronto-Socorro da Criança, na zona Sul.

“Não tem antibióticos, omeprazol, remédio para gases, anti-inflamatórios, enfim, 87% da listagem de medicamentos pedidos à Central de Medicamentos do Amazonas (Cema) não foram atendidos. Não tem maqueiro, porteiro e funciona com apenas 30 enfermeiros dos 70 que deveriam trabalhar. A responsabilidade é do Governo do Estado, o ordenador de despesas. Não tem como não ficar indignado, os nefrologistas estão há quatro meses sem receber, mas ainda com boa vontade de atender, porque eles trabalham com o que tem disponível”, apontou Barreto.

 

   

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