Adjuto Afonso discute adensamento da cadeia da borracha em Manicoré

Reporter da Cidade

O deputado Adjuto Afonso (União Brasil) participou, nesta quarta-feira (28/5) das discussões do 2º Workshop do Adensamento da Cadeia da Borracha 2025. Organizado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), o evento aconteceu na sede da Câmara Municipal de Manicoré (distante a 350 quilômetros de Manaus).

O objetivo do evento é debater ações para o desenvolvimento sustentável da produção de borracha no Amazonas, reunindo extrativistas, representantes da indústria e da sociedade civil. O município de Manicoré foi escolhido pela Sedecti para sediar o Workshop por ser, historicamente, um dos maiores produtores de borracha do Amazonas.

Apoiador dos trabalhadores da borracha desde o seu primeiro mandato na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), o deputado Adjuto Afonso vê grandes possibilidades de crescimento econômico do Estado com a cadeia do produto, principalmente voltado para o Polo Industrial de Manaus (PIM). Para ele, eventos como esse são parte importante para impulsionar atividade.

“Hoje, estados vizinhos, como Acre e Rondônia, já têm grande parte de suas economias baseada na borracha. E nossas indústrias têm plenas condições de absorver a produção local e adensar a cadeia. Para isso, precisamos ouvir e entender as necessidades dos seringueiros. São eles que mantêm a floresta em pé”, defendeu o parlamentar.

Sobre a possibilidade de incremento nos incentivos à produção, Adjuto acredita que é preciso discutir a ideia em níveis estadual e federal para garantir a sustentabilidade econômica. “Tenho certeza de que o Governo do Estado, assim como implantou a subvenção da borracha no passado, após minha sugestão, que pode novamente pensar em um novo tipo de reconhecimento a esses verdadeiros guardiões da floresta. O governador Wilson Lima tem sido sensível ao setor primário e tenho certeza que vamos alavancar ainda mais esse segmento”, finalizou.

De acordo com o presidente da Associação dos Produtores Agroextrativistas do Igarapezinho (Apaiga), Raimundo Nascimento, só em 2024 o município foi responsável pela produção de 86 toneladas de borracha, apesar das dificuldades impostas pela seca recorde. Para 2025, a previsão de produção só da APAIGA, é de 30 toneladas. Mas para que esse objetivo seja alcançado, segundo ele, as parcerias são fundamentais.

“Nossa maior dificuldade é o transporte da nossa produção para Manaus. No ano passado nossas despesas com carros e barcos para o escoamento da produção foi de cerca de R$ 10 mil. Queremos discutir a possibilidade de auxílios, seja estadual ou federal, para poder incentivar cada vez mais essa atividade, que com certeza gera muita receita para o município de Manicoré”, afirmou o produtor.

Além do parlamentar, participaram das discussões o prefeito Municipal de Manicoré, Lúcio Flávio (PSD); vice-prefeito de Manicoré, Paulo Sérgio Machado (Republicanos); o presidente da Câmara Municipal de Manicoré, vereador Yuri Reis (PSD); o chefe do Departamento de Diversificação Econômica da Sedecti, Sandro Ribeiro Amazonas; o engenheiro da Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS), Rizomar Rodrigues; a analista de Conservação e Sociobiodiversidade da WWF Brasil,Natasha Mendes; o  chefe-geral da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa),  Everton Rabelo Cordeiro e o presidente da Associação dos Moradores Agroextrativistas do Lago Capanã Grande (AMALCG), Reginaldo do Nascimento.

A safra de borracha nativa da Amazônia em 2024 alcançou 160 toneladas, um crescimento de 23% em relação ao ano anterior. A produção gerou R$ 2,2 milhões em renda para 500 famílias de seringueiros em sete municípios do Amazonas: Canutama, Pauini, Lábrea, Manicoré, Novo Airão, Eirunepé e Itacoatiara.

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