Adaf alerta avicultores para reforço de medidas de biosseguridade após novos casos de Influenza Aviária na América do Sul

Redacao
Por Redacao

Produtores devem manter animais sem contato com aves migratórias e atualizar plano de contingência

A detecção de novos focos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade em países vizinhos acendeu novamente o alerta para o Brasil, que segue sem registros da doença em granjas comerciais. Para manter o status sanitário do país, que é o maior exportador de carne de frango do mundo, a Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) orienta os produtores locais a redobrar os cuidados.

Em ofício enviado nesta quinta-feira (20/02), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) reiterou ao Serviço Veterinário Oficial e ao setor produtivo a necessidade de reforço nas medidas de biosseguridade e notificação imediata de suspeitas da Influenza Aviária “em virtude do crescente número de notificações de focos da doença na América do Sul”.

A coordenadora do Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA) da Adaf, Larissa Araújo, explica quais são as medidas já adotadas pelos avicultores que devem ser reforçadas diante desse alerta. “Reduzir a visita de pessoas alheias à produção, atenção à manutenção de telas e cercas, cuidados com a qualidade da água e evitar o acesso de aves silvestres, que estão vindo na rota migratória, do Hemisfério Norte, com chance de introdução da doença aqui no nosso Estado”, detalha.

No caso da avicultura de subsistência, como a maioria das aves tem a criação livre, caso não seja possível manter os animais em ambiente reservado, é importante que a alimentação e a água fiquem em local fechado para que aves silvestres não sejam atraídas.

Larissa destaca que, nesse cenário de alerta, os responsáveis técnicos, junto com os produtores, devem atualizar o plano de contingência para a doença. “A gente trabalha com as medidas de biosseguridade para evitar que a emergência aconteça, mas, se houver um agravo sanitário, temos que estar preparados para identificar esse foco e sanear o quanto antes, evitando danos à produção avícola”, reforça.

A Influenza Aviária de Alta Patogenicidade é causada por vírus, com alto índice de contágio e impactos severos para a avicultura. A doença pode causar tosse, espirros, secreção ocular e nasal, diarreia, desidratação, apatia, falta de coordenação motora, perda de apetite, inchaços na cabeça e pescoço, hemorragia nas pernas e queda drástica na produção de ovos, além de aumento repentino na mortalidade das aves.

A Adaf orienta que, ao notarem esses sintomas, as pessoas não recolham aves doentes ou mortas, isolem a área e notifiquem a suspeita em uma unidade da Adaf, pelo telefone (92) 99255-5409 ou por meio do Sistema Brasileiro de Vigilância e Emergências Veterinárias (e-Sisbravet), no site da agência (adaf.am.gov.br).

Casos recentes

No último dia 14, a Argentina confirmou um novo foco da doença em aves de subsistência na região de Chaco – Três Ilhas. A doença já havia sido detectada, este mês, no Peru, e, em dezembro do ano passado, na Colômbia.

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