
O dia 25 de novembro é marcado como o Dia Internacional de Luta pelo Fim da violência contra a mulher. A data foi escolhida em memória das irmãs Mirabal (Pátria, Minerva e Maria Teresa), assassinadas pela ditadura de Leônidas Trujillo, na República Dominicana. Posteriormente, foi reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Dia Internacional pela Eliminação da violência contra a mulher.
Em sintonia com as políticas públicas de enfrentamento à violência contra a mulher, a Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), por meio da Procuradoria Especial da Mulher, presidida pela deputada Alessandra Campelo (Podemos), realizou nesta terça-feira (25/11) o evento “Café com Elas”, ação especial dentro da campanha 21 Dias de Ativismo pelo Fim da violência contra as Mulheres.
O encontro ocorreu no auditório Belarmino Lins e reuniu mais de 500 mulheres de bairros e comunidades de Manaus, incluindo lideranças formadas pelo projeto Procuradoras Legais. Também foram distribuídos 400 kits de absorventes menstruais para mulheres em situação de vulnerabilidade social.
O evento foi uma realização conjunta do presidente da Casa, deputado Roberto Cidade (UNIÃO Brasil), e da deputada Alessandra Campelo, líder da pauta feminina no parlamento estadual.
O deputado-presidente destacou o papel da Procuradoria Especial da Mulher e falou da alegria em receber as mulheres que precisam de apoio. Ele ressaltou que a Aleam tem feito a sua parte junto à Procuradoria da Mulher.
“Foi na nossa gestão como presidente que conseguimos colocar para funcionar a Procuradoria da Mulher. E o resultado é esse: mulheres empoderadas, que saem daqui com o conhecimento necessário para enfrentar os momentos difíceis pelos quais passam. A Assembleia Legislativa vive um NOVO momento de cuidado com as mulheres”, afirmou.
A Procuradora Especial da Mulher, Alessandra Campelo, destacou a importância do evento e a participação ativa da Assembleia Legislativa na campanha internacional dos 21 dias pelo fim da violência contra a mulher.
“Essa é apenas uma das atividades. Temos realizado rodas de conversa, debates e reuniões com a REDE de proteção. É importante ressaltar que, embora sejamos minoria como mulheres no plenário, contamos com o apoio maciço do presidente Roberto Cidade e dos deputados para realizar esse trabalho. A Assembleia Legislativa do Amazonas, entre todas as Procuradorias da Mulher do Brasil, é a que mais realiza atendimentos diretos e tem participação mais ativa com a REDE de proteção”, destacou.
Palestra
Durante a programação, foi realizada a palestra “De Mulher pra Mulher: Entendendo Nosso Corpo e Enfrentando Violências”, conduzida pela cientista social e mestra em antropologia Samya Fraxe, pesquisadora do corpo feminino e educadora somática.
Entre os temas abordados estiveram ciclo menstrual, menopausa, consciência corporal, saúde emocional e autodefesa simbólica,traduzindo o corpo feminino como fonte de potência, autonomia e prevenção de violências.
“A violência não começa no feminicídio, ela começa na violência simbólica. É sobre isso que estamos tratando aqui hoje, principalmente para que a mulher entenda a potência do próprio corpo. Acho fundamental esse tema porque vivemos em uma cultura que machuca, agride e é violenta. Uma sociedade que violenta um grupo social precisa ser repensada”, enfatizou.
Procuradoras Legais
“Procuradoras Legais” é um projeto em que mulheres das comunidades são treinadas pela Procuradoria Especial da Mulher da Aleam para identificar casos de abuso sexual e violência contra a mulher e acionar os órgãos responsáveis, como a justiça e as ações da polícia Militar por meio da Ronda Maria da Penha.
A Procuradora Legal Adriana Teixeira, que atua no bairro Cidade Nova, zona Norte de Manaus, ressaltou a importância de sua função ao ajudar outras mulheres vítimas de violência ou em situação de risco.
“É muito importante porque acabamos sendo a voz daquelas mulheres que não têm oportunidade. Somos um canal de ajuda entre a mulher que está sendo violentada e a equipe da Ronda Maria da Penha, e Podemos encaminhar essas mulheres para os órgãos competentes”, explicou.