Durante seu pronunciamento na tribuna da Câmara Municipal de Manaus (CMM) desta segunda-feira (3 de novembro), o vereador Zé Ricardo (PT) fez uma análise crítica sobre os recentes episódios de violência no Rio de Janeiro, que resultaram em dezenas de mortes, entre elas a de quatro policiais.
O parlamentar lamentou profundamente as perdas e destacou a necessidade urgente de uma atuação coordenada entre as diferentes esferas do Estado para enfrentar o crime organizado de forma eficaz e responsável.
“Quando a gente fala de Segurança Pública, a nossa esperança sempre é que o Estado – e aqui falo de todos os organismos públicos que têm responsabilidade na área – possa ter ações para garantir a segurança da população. Segurança é um direito que está na Constituição, um direito social, um direito básico”, pontuou Zé Ricardo.
O vereador ressaltou que o episódio no Rio de Janeiro evidencia a falta de articulação entre os entes federativos e a ausência de políticas integradas que envolvam prevenção, inteligência e combate efetivo às estruturas financeiras do crime. Para ele, ações isoladas e desorganizadas acabam resultando em tragédias humanas e em mais insegurança para a população.
“O que aconteceu no Rio mostra a falta de articulação. Não dá para só o Estado, sozinho, querer enfrentar o crime organizado. É preciso um trabalho conjunto com as instituições que têm condições materiais e de inteligência para o enfrentamento. O crime está cada vez mais organizado, e o Estado, desorganizado”, criticou.
Zé Ricardo também prestou Solidariedade às famílias dos policiais mortos e cobrou que as investigações sobre as mais de cem mortes ocorridas sejam conduzidas com transparência e justiça. Para ele, o enfrentamento à criminalidade precisa atingir “os grandes, os chefes das estruturas de lavagem de dinheiro e tráfico de armas, e não apenas jovens pobres e policiais de base, que acabam sendo as maiores vítimas dessa violência”.
O parlamentar reforçou ainda que os municípios têm papel fundamental na prevenção da violência, com políticas públicas voltadas à juventude, à educação, à saúde e à assistência social, além do fortalecimento da Guarda Municipal, mas sempre dentro de um planejamento nacional articulado e orientado pela garantia dos direitos humanos e da vida.
Texto: Jane Coelho (assessoria de imprensa do parlamentar)