Amazonas ocupa 3º lugar no ranking nacional de perfis genéticos e se destaca na genética forense

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Por Redacao

Resultado evidencia o trabalho do Laboratório de Genética Forense vinculado à SSP-AM

Foto: Victor Levy/SSP-AM

Nos últimos três anos, peritos do Laboratório de Genética Forense, órgão vinculado à Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), identificaram 138 restos mortais, a partir do exame de DNA. Atualmente, o Amazonas é referência neste tipo de procedimento e ocupa o 3º lugar no ranking nacional em inserção de perfis no Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG). É a partir destes materiais biológicos que os profissionais realizam o cruzamento genético que resulta na identificação de ossadas humanas.

A gerente do Laboratório, perita Daniela Koshikene destacou que a unidade tem armazenado mais de 1,4 mil perfis genéticos. “Isso demonstra que o laboratório tem conseguido, ao longo do tempo, processar e trabalhar com eficiência nesse tipo de exame para identificar pessoas desaparecidas. Temos uma quantidade significativa de casos, e dessa forma conseguimos alcançar maior efetividade na identificação dessas pessoas”, explicou Koshikene.

Conforme Koshikene, de janeiro a setembro deste ano, o trabalho do laboratório resultou na identificação de 29 corpos. As identificações devolvem a dignidade e apresentam respostas a famílias que aguardavam por notícias de seus entes desaparecidos.

Equipamentos de alta tecnologia

O laboratório conta com equipamentos de ponta para realizar análises genéticas complexas com elevado grau de precisão. Entre os aparelhos utilizados estão sistemas automatizados para extração e amplificação de DNA, além de plataformas modernas que permitem processar grande volume de amostras em menos tempo.

“Todos os equipamentos, as tecnologias, os insumos, os reagentes utilizados para a identificação humana, são padronizados a nível internacional. Então, o laboratório está com os equipamentos extremamente modernos, atuais, assim como os protocolos utilizados para essa finalidade, tanto na identificação de pessoas desaparecidas como também na investigação criminal”, ressaltou Koshikene.

Como funciona o exame

De acordo com a perita, o exame de DNA realizado no laboratório é um processo minucioso que permite identificar corpos e restos mortais mesmo em estágios avançados de decomposição.

“Dos familiares nós colhemos uma gotinha de sangue e assim obtemos o perfil genético deles. Em relação às pessoas de identidade desconhecida, o material PODE ser sangue, cartilagem do joelho, fragmento de músculo, ossos ou dentes, de acordo com o grau de conservação desse corpo. Então, a partir de qualquer material preservado nós conseguimos comparar com os familiares”, explicou.

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