O deputado estadual Comandante Dan (Podemos) esteve na sexta-feira (25/6) no município de Codajás, a 240 quilômetros de Manaus. Com 24.451 habitantes, segundo o instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE (2024), a população relatou ao parlamentar frequentes interrupções no fornecimento de energia elétrica, problema que já motivou protestos locais.
A cidade também enfrenta sérios desafios na área da saúde, com índices de mortalidade infantil e internações por diarreia acima da média nacional. A ausência de saneamento básico e o acesso precário à água potável reproduzem o cenário crítico observado em quase todos os municípios do Alto e Médio Solimões visitados até o momento pela comitiva parlamentar.
Além da sede administrativa do município, onde realizou ao final do dia um seminário sobre cidadania digna, uma reunião ampliada com lideranças de diversos setores produtivos e moradores, Comandante Dan também visitou a comunidade rural Urucuri 2, onde vivem mais de 120 pessoas, para conhecer de perto a realidade enfrentada pelos ribeirinhos.
“Chega a ser doloroso ver o que nossa gente precisa fazer para conseguir água, mesmo vivendo no coração da Amazônia. Lá, os moradores arrastam um reservatório plástico de 5 mil litros por mais de 800 metros até a beira do rio para enchê-lo, e depois o empurram de volta, manualmente. E esse reservatório nem sequer atende a todas as famílias. Imaginem o esforço. Durante as vazantes, eles ficam completamente isolados, o que dificulta ainda mais o acesso à água e a outros serviços básicos, inclusive ao abastecimento de itens da cesta básica”, relatou o parlamentar.
De acordo com o presidente da comunidade, Ezequiel Balieiro, e outros moradores que conversaram com o deputado, a principal reivindicação é a instalação de um sistema eficiente de abastecimento de água potável. Um único poço artesiano foi perfurado anos atrás, mas está inutilizado. Como consequência, a saúde da população tem sido afetada, especialmente pela má qualidade da água consumida.
“Água é vida, e a falta dela causa inúmeros problemas, desde prejuízos à saúde até o comprometimento da produção agrícola. Eles não conseguem plantar nem para subsistência porque não têm como irrigar. Estamos providenciando a documentação em Manaus para acionar os órgãos competentes, mas vejo a necessidade de uma ação mais enérgica em toda a região do Solimões. Essa será uma das minhas principais bandeiras no retorno das atividades legislativas”, concluiu o deputado.