Com apoio do Governo do Amazonas, pesquisa identifica duzentas espécies de microalgas em Parintins

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Por Redacao

A ação tem o apoio da Fapeam, por meio do Programa Biodiversa

Foto: arquivo pessoal da pesquisadora Angela Maria da Silva Lehmkuhl.

Duzentas espécies de microalgas, entre elas uma nova espécie, foram identificadas durante uma pesquisa científica apoiada pelo Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), desenvolvida por cientistas em Parintins (a 369 quilômetros de Manaus).

O estudo intitulado “Ambiências aquáticas e diversidade de microalgas no município de Parintins-AM” recebeu fomento no âmbito do Programa Biodiversa/Fapeam, edital nº 007/2021, e foi coordenada pela doutora em Biologia Vegetal e professora do Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia (ICSEZ), da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Angela Maria da Silva Lehmkuhl.

Por serem excelentes bioindicadoras ambientais e da qualidade da água, as microalgas são as protagonistas dessa pesquisa. Para conhecer quais espécies habitam os ecossistemas aquáticos de Parintins, foram realizadas coletas amostras de água e plantas submersas presentes em rios e lagos do município durante a seca de 2023 e a cheia de 2024.

O estudo revelou a presença de espécies com potencial tóxico, as quais precisam ser monitoradas principalmente nas épocas de vazante e de enchente dos rios, devido ao risco de produção de toxinas, que podem comprometer a qualidade da água, da vida de peixes, e a segurança alimentar e hídrica da população.

Foto: arquivo pessoal da pesquisadora Angela Maria da Silva Lehmkuhl.

A pesquisa é pioneira no município e tem como um dos objetivos mostrar a diversidade de microalgas na região e fazer uma revisão da literatura.

“As espécies encontradas são ocorrências novas para a região e isso contribui globalmente para o conhecimento da ocorrência e ecologia dessas espécies”, explicou a coordenadora da pesquisa, Angela Maria da Silva Lehmkuhl.

Análise da água

O estudo também analisou a qualidade da água através de uma sonda para medir o pH, condutividade, concentração de oxigênio e de sólidos totais dissolvidos, salinidade e temperatura da água. Além disso, foram mensurados, a transparência da coluna d’água, a profundidade do ambiente e a concentração de clorofila.

Fomento à pesquisa

A pesquisadora ressaltou que o apoio da Fapeam foi fundamental para a consolidação do laboratório de Ficologia da instituição e o fortalecimento de pesquisas no interior do Amazonas.

“A Fundação foi fundamental para consolidar o Laboratório de Ficologia do ICSEZ, aumentado a capacidade de análise da água e da comunidade de microalgas. Bem como possibilitou a amostragem em rios distantes. A Fapeam é muito importante na interiorização e consolidação da pesquisa no interior do Amazonas”, afirmou Angela Maria.

Próximos passos

A expectativa a longo prazo é a publicação científica com a identificação das espécies, um guia de identificação, além da descrição limnológica dos rios e lagos. Além disso, os pesquisadores envolvidos no projeto pretendem contribuir com um banco de dados das espécies identificadas para possibilitar o desenvolvimento de índices de qualidade da água e reconstrução de ambientes impactados.

Biodiversa

O Programa tem como objetivo, apoiar propostas de pesquisa científica, tecnológica e/ou de inovação, ou de transferência tecnológica, voltadas para caracterização, conservação, restauração, uso sustentável do meio ambiente e exploração sustentável da diversidade amazônica, com vistas à produção de conhecimentos que contribuam para o enfrentamento dos problemas ambientais amazônicos e subsidiem a formulação de políticas públicas de conservação ambiental no Amazonas.

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