Prefeitura de Manaus realiza reunião de alinhamento para adotar ações de prevenção dos impactos da cheia do rio Negro

Reporter da Cidade

Dez órgãos da Prefeitura de Manaus realizaram, nesta quinta-feira, 8/5, reunião de alinhamento para adoção de medidas de prevenção dos impactos da cheia na capital, nas zonas urbana e rural, principalmente relacionadas ao rio Negro, que está com cota atual de 27,99 metros. A reunião foi realizada no Centro de Cooperação da Cidade (CCC), no bairro Adrianópolis.De acordo com Serviço Geológico do Brasil (SGB), a cota do rio Negro tem possibilidade de 42% de alcançar os 29 metros, com 85% de  chegar a 29,43 metros. O recorde histórico de cheia na capital é de 30,02 metros, registrado em 2021.Apesar do período ser de redução das chuvas, tempestades com grande volume de água podem ocorrer, o que mantém o alerta para subida do nível dos rios.Com este cenário, e com alguns pontos da cidade já apresentando focos de inundação, a prefeitura está adotando ações em conjunto, concentrando esforços com a Secretaria Executiva de Proteção e Defesa Civil (Sepdec), vinculada à Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Social (Semseg).O subsecretário da Semseg, Gladston Silva, disse que a proximidade de uma cheia severa já está impactando pessoas que moram em áreas com risco de inundações, sendo necessário a prefeitura, por meio das secretarias, realizar esse alinhamento das ações preventivas.“Há uma previsão, uma probabilidade grande de nós atingirmos a cota de 29 metros, que é cheia, é uma enchente severa para a cidade de Manaus, que já começa a impactar severamente aquelas pessoas que moram em áreas de risco de alagações, de inundações. A Prefeitura de Manaus, por intermédio de suas secretarias, fez uma primeira reunião de alinhamento para a gente começar, a partir de hoje, já desenvolver ações para se prevenir”, disse o subsecretário.O secretário-executivo da Defesa Civil de Manaus, Lima Júnior, informou que o órgão está monitorando o cenário da cheia na capital e atuando na construção de 400 metros de pontes no bairro São Jorge, zona Oeste, que é o primeiro ponto afetado na capital, contando com suporte da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf). Ele também orienta a população para acionar a Central 199 para registro de ocorrências referentes às alagações.“Estamos monitorando diariamente os bairros da cidade. É importante também que você ligue para o 199 para que a gente possa registrar essa ocorrência e verificar também in loco se há necessidade da construção de pontes. Também já estamos chegando no bairro do Educandos, que está sendo bastante afetado. Então, é muito importante essa parte preventiva para que possa garantir o direito de ir e vir a essas famílias”, enfatizou o secretário Lima Júnior.AlinhamentoO superintendente do CCC, Sandro Diz, salientou que a reunião de alinhamento segue determinação do prefeito para se antecipar aos problemas. “A gente está antecipando com ações, com várias ações para poder minimizar o que vai ocorrer, que nós sabemos acontece todo ano. Então, esse é o nosso objetivo, o prefeito determinou isso para todos os secretários que disponibilizem as pessoas necessárias para que as ações sejam eficazes e antecipadas”, comentou.A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) também está realizando monitoramento e adotando ações de prevenção de doenças de veiculação hídrica, risco de tétano acidental, acidentes com animais peçonhentos e atuando junto com a rede de distribuição de água para evitar contaminação, conforme Jocilene Galúcio, chefe de Vigilância de Desastres da Semsa.“A Semsa trabalha o antes, durante e o pós-enchente, e toda a equipe se volta então para um plano setorial onde nós fazemos a prevenção de doenças de veiculação hídricas, tétano acidental, também trabalhamos a questão dos animais peçonhentos, na prevenção de acidentes. Trabalhamos de forma integrada com a rede de abastecimento de água, em que a gente pede que seja então suspenso o ramal de distribuição para que não fique submersa em contato direto com água contaminada”, explicou Jocilene.O gerente do Serviço de Calamidades e Emergência da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), Jander Guerreiro, informou que a pasta também já está atendendo famílias afetadas pela cheia, cadastradas para recebimento do auxílio-aluguel.“A Semasc está junto com a Defesa Civil, dentro das comunidades e dos bairros fazendo esse levantamento das necessidades que as comunidades estão passando. Nesse levantamento, a Semasc está assistindo as famílias com auxílio-aluguel, nesse primeiro momento”, informou. 

Trabalho integrado A reunião ainda contou com a presença de representantes das Secretarias Municipais de Educação (Semed), Limpeza Urbana (Semulsp), Centro e Comércio Informal (Semacc), Habitação e Regularização Fundiária (Semhaf) e da Secretaria Municipal de Comunicação (Semcom).A partir de agora, todas as secretarias envolvidas vão concentrar esforços no monitoramento dos impactos da cheia e na adoção de medidas. Na próxima semana, os órgãos vão realizar uma inspeção da orla da cidade para verificar a situação das inundações.O monitoramento contínuo do cenário de cheia na capital servirá também para tomada de decisão em relação à necessidade de decretação de emergência.— — –Texto – Geraldo Farias / Semcom Fotos – Antônio Pereira / SemcomDisponíveis em – https://flic.kr/s/aHBqjCdsZa

Compartilhar este artigo