COP30: Conselho debate desenvolvimento aliado à melhor qualidade de vida dos amazônidas

Redação

A Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a COP30, que acontece em novembro em Belém, capital do Estado do Pará, abre possibilidade única aos amazônidas: expor ao mundo as dificuldades que enfrentam e que precisam ser superadas para que as políticas de combate às mudanças climáticas façam sentido aos que vivem sob a copa das árvores.

Esse foi um dos entendimentos debatidos no encontro realizado pelo Conselho Federal de Engenharia, Agronomia, o Confea, no fim de semana, dias 31/1 e 1/2, em Manaus, capital do Amazonas, como evento preparatório para participação da entidade na COP30.

O Pré-COP30 reuniu profissionais e pesquisadores da engenharia, agronomia e das geociências, e teve como proposta, o debate dos desafios, oportunidades e soluções voltadas ao desenvolvimento sustentável na Amazônia.

“Esta é uma oportunidade de reunirmos os profissionais do sistema Confea/Crea e debater desafios e soluções. Desses encontros, produziremos documento com contribuições à COP”, destacou o presidente do Confea, Vinícius Marchese.

Desafios e oportunidades

Água potável, gerenciamento de resíduos, saneamento são alguns dos principais desafios de quem vive na Amazônia e que precisam ser superados em conciliação às políticas de combate às mudanças climáticas.

Apesar da região comportar a maior bacia de água doce do planeta, a água potável ainda não está disponível aos 38 milhões de habitantes da Amazônia brasileira. A destinação da maioria dos desejos ainda é os lixões, em 61,5% dos casos na região.

A ocupação desordenada das capitais amazônidas promove o desmatamento e poluição do meio ambiente. E com a falta de programas habitacionais à altura da demanda, dezenas de milhares de famílias vivem em áreas de risco.

Segundo o Sérvio Geológico do Brasil, as duas metrópoles da Amazônia possuem 725 áreas de risco: 125 Belém e 600 Manaus. Sobretudo durante do inverno amazônico, de novembro a junho, famílias vivem ameaçadas por alagações e deslizamento de terras.

Na avaliação dos especialistas que palestraram nos painéis promovidos pelo Pré-COP 30 do Confea, o financiamento para políticas públicas voltadas à essas demandas básicas dos que vivem sob a copa das árvores devem vir dos governos.

Uma das estratégias que os projetos devem seguir é mostrar que é muito menos oneroso prevenir do que remediar, seja na saúde pública ou na prevenção à desastres naturais. E só o desenvolvimento sustentável é capaz de gerar renda aos amazônidas, sem que precisem depredar a floresta para sobreviver.

De Redação do Amazonense

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