Assembleia Legislativa do Amazonas realiza terceira etapa do programa Novembro Azul

Reporter da Cidade

A Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) concluiu, nesta quinta-feira (21/11), a terceira fase da campanha Novembro Azul, cujo objetivo principal é promover a saúde integral dos servidores masculinos. Ao todo, foram atendidos 110 homens, que realizaram exames e consultas com médico urologista.

A primeira etapa consistiu nos exames de sangue para medir o PSA, hormônio produzido pela próstata. Em seguida, realizaram a segunda etapa, que envolveu a avaliação do tamanho da próstata por meio do exame de ultrassonografia.

Agora, na terceira fase, o médico analisa os resultados do PSA e da ultrassonografia, decidindo, se necessário, pelo exame de toque, pela consulta com outro colega ou pela solicitação de exames complementares.

“Temos 110 servidores da Assembleia, entre efetivos, comissionados e terceirizados, sendo examinados pelo urologista, pedindo a Deus que todos saiam dentro da normalidade sem nenhuma alteração importante. Mas se houver que seja feita na fase inicial, que a gente possa corrigir sem trazer nenhum dano maior à saúde desse nosso companheiro”, explicou o diretor de Saúde da Casa, médico Arnoldo Andrade.

O servidor da Assembleia Legislativa, Caubi Cerquinho, acredita que os homens devem ter obrigação de procurar saber sobre sua saúde.

“A gente sabe que as mulheres procuram muito mais os médicos do que nós homens. E nós estamos tendo essa oportunidade aqui na Assembleia de que um médico venha aqui para fazer um exame tão importante como é o da próstata. Temos números que aterrorizam com a questão do câncer de próstata, então acredito que essa oportunidade que Casa está dando é muito importante. E nós homens, com certeza, estamos aproveitando”, declarou.

Câncer de próstata

O câncer de próstata é o tipo mais comum entre os homens e representa uma das principais preocupações de saúde pública.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), ele é responsável por 28,6% das mortes masculinas relacionadas a neoplasias malignas. No Brasil, um homem perde a vida a cada 38 minutos devido a essa enfermidade, conforme os dados mais recentes do instituto.

Nos estágios iniciais, o câncer de próstata é assintomático, o que dificulta sua detecção precoce. Quando os primeiros sinais aparecem, em cerca de 95% dos casos a doença já se encontra em estágio avançado, comprometendo significativamente as chances de cura.

Os sintomas na fase avançada incluem: dor óssea, dores ao urinar, urgência e aumento na frequência urinária e presença de sangue na urina e/ou no sêmen.

Determinados fatores aumentam a probabilidade de desenvolvimento do câncer de próstata, incluindo: histórico familiar – casos de câncer de próstata em parentes próximos, como pai, irmão ou tio, aumentam o risco; raça – homens negros apresentam maior incidência da doença, e obesidade, sendo associada a maiores chances de ocorrência.

A chave para combater o câncer de próstata é o diagnóstico precoce. Homens a partir dos 45 anos com fatores de risco, ou 50 anos sem esses fatores, devem consultar regularmente um urologista.

Os exames fundamentais incluem o toque retal, que avalia alterações como endurecimento ou nódulos na glândula, e o exame de sangue PSA (antígeno prostático específico). É importante destacar que 20% dos diagnósticos são feitos apenas pelo toque retal.

Em caso de suspeita, exames complementares, como biópsias guiadas por ultrassom transretal, podem ser necessários para confirmar o diagnóstico. O tratamento depende de fatores como estágio da doença, estado de saúde do paciente e expectativa de vida.

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