O Ministério dos Transportes divulgou nesta terça-feira (11/6) o relatório do Grupo de Trabalho que estudou a viabilidade da recuperação da BR-319. A conclusão foi recebida com entusiasmo pelo deputado Sinésio Campos (PT), que destacou a importância do documento para o futuro da infraestrutura e da conectividade na região Norte do Brasil.
Em pronunciamento na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) realizado na quarta-feira (12/6), Sinésio Campos afirmou que o relatório final confirma a viabilidade técnica e sustentabilidade ambiental da pavimentação da BR-319, um projeto que tem sido alvo de intenso debate ao longo dos anos.
“Parabéns ao Governo Federal, parabéns ao presidente Lula e parabéns a todos os envolvidos nessa luta. A BR-319 é de interesse de todos nós, não é possível ter um olhar míope, daqueles que ousaram falar que a estrada infringia a questão ambiental. Ao contrário, o Grupo de Trabalho concluiu que, na ausência do poder público, a criminalidade, a violência e o desmatamento desordenado eram práticas permanentes. Parabéns a todos nós que defendemos a Amazônia e a BR-319”, concluiu o parlamentar.
O documento, apresentado em Brasília, delineia um plano detalhado para a execução do projeto, que requer um investimento estimado em R$ 2 bilhões. A importância desta rodovia, com seus 918 quilômetros de extensão, não pode ser subestimada, segundo Campos. “A pavimentação da BR-319 é crucial para o Amazonas. Atualmente, grande parte da rodovia, especialmente o trecho central, permanece sem pavimentação, o que limita severamente a conectividade terrestre da nossa região com o resto do Brasil”, afirmou.
O Grupo de Trabalho sugere uma série de medidas para minimizar os impactos ambientais. Entre as principais iniciativas estão o cercamento de 500 quilômetros do “trecho do meio” da rodovia, o monitoramento constante da via e a instalação de 172 passagens de fauna para garantir a segurança dos animais que habitam a área. De acordo com Sinésio Campos, a pavimentação da BR-319 pode ser realizada com recursos do Governo Federal por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).