Nesta terça-feira (11/6), o deputado estadual Rozenha (PMB) usou a tribuna da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) para ressaltar a importância da conclusão do relatório do Ministério dos Transportes sobre a viabilidade ambiental da pavimentação da BR-319.
O assunto foi publicado pela revista Valor Econômico – o mais importante veículo de economia, finanças e negócios do país. Segundo a revista, “o Ministério dos Transportes defende que a obra, questionada por Marina Silva, é tecnicamente viável e ambientalmente sustentável”.
De acordo com a matéria, o relatório final do grupo de trabalho criado para analisar o projeto de pavimentação será apresentado ainda nesta terça-feira (11/6).
A reportagem afirma que o relatório vai apontar formas para garantir a proteção ambiental da rodovia que liga a região Norte aos demais estados brasileiros, passando pelo Amazonas e Rondônia. “O estudo basicamente afirma que é possível concluir a rodovia. Há sustentabilidade ambiental e é tecnicamente viável, desde que se tome algumas providências que não são coisas de outro mundo”, disse Rozenha.
O estudo aponta soluções para proteção da biodiversidade da região como a instalação de 172 passagens para a travessia de animais na parte conhecida como “trecho do meio”.
Segundo Rozenha, é nessa área que o Ministério dos Transportes deve concentrar esforços, que está praticamente intrafegável. “São os 500 quilômetros mais contundentes, mais complicados”, disse.
O relatório será levado à Casa Civil para posteriormente ser incorporado ao Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). O projeto também prevê uma cooperação entre instituições como Polícia Federal, Ibama, ICMBio e Polícia Rodoviária Federal.
Para o deputado, essa parceria é importante para que o governo possa tratar a BR-319 com um olhar diferenciado.
“A rodovia 319 terá que ser tratada como uma rodovia excepcional porque ela corta a maior floresta equatorial do mundo. Temos que construir, repavimentar e cuidar de um ambiente que precisa ser preservado. Porém, respeitando os homens e as mulheres que ali moram, que precisam manter seus sustentos através da agricultura familiar, criarem suas pequenas quantidades de gado. São pessoas que vivem ali há mais de 30 anos”, enfatizou.
Para garantir o sucesso do projeto federal, o deputado pede a união das bancadas federais dos estados do Amazonas e Rondônia, principais beneficiados com a construção da rodovia. “A BR-319 será vital para escoar o potássio que iremos retirar de Autazes. Não podemos é deixar Lábrea e Manicoré ainda mais isolados. Não podemos deixar Apuí se sentir uma cidade fora do Amazonas. Não é aceitável que, 50 anos depois, uma rodovia que foi construída e pensada para o homem da Amazônia – um verdadeiro guardião da floresta – possa estar na situação que está”, concluiu Rozenha.