A Comissão de Proteção aos Animais da Assembleia Legislativa do Amazonas (CPAMA-Aleam), presidida pela deputada Joana Darc (UB), atualizou, nesta quinta-feira (16/5), após 10 dias de atuação, os detalhes das buscas por animais ilhados em Canoas, no Rio Grande do Sul. Cerca de 500 animais já foram resgatados e ajudados pela equipe amazonense.
A dificuldade dos resgates se intensifica por conta da chegada do frio que, segundo o Metsul, se instaurou nesta semana no Estado. A previsão do tempo para esta quinta-feira, é de máxima de 12 ºC e mínima de 09 ºC, com chuvas isoladas no estado.
De acordo com a coordenadora da CPAMA, Jéssica Amorim, o bairro Mathias Velho é uma das regiões com mais animais que precisam de socorro, pois, devido ao alto nível de periculosidade, ficou por último no planejamento de resgate de várias equipes voluntárias no local, após a cheia do Rio Jacuí.
“Parte da nossa equipe de resgate técnico está nas buscas ativas pelos animais em várias áreas da cidade de Canoas, com uma certa dificuldade, pois o frio afeta todos nós, principalmente nesta segunda semana de atuação, devido a queda da temperatura. Sem contar que temos aqueles animais que estão assustados e tentam fugir da equipe”, disse.
Abrigo de Animais
O Rio Grande do Sul possui vários abrigos para auxiliar a saúde dos animais resgatados das enchentes, a maioria feito por voluntários da causa animal. Um dos abrigos que a equipe da CPAMA visitou para dar suporte aos animais resgatados é o da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), na região de Canoas, onde há cerca de 2500 de animais à espera do tutor.
No local, os animais recebem alimentação e água, além de atendimento médico veterinário. Importante destacar que no Rio Grande do Sul existem quatro veterinários voluntários que atuam juntamente com a equipe da CPAMA-Aleam.
Balanço das enchentes
Conforme o último boletim da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, desta quinta-feira (16/5), 458 municípios estão alagados e 2.281.774 de pessoas foram afetadas pelas fortes chuvas no Estado. O número de pessoas desalojadas chegou em 538.164, enquanto o número de pessoas em abrigo atingiu a marca de 77 mil. Além disso, quase 12 mil animais já foram resgatados em várias regiões do RS.
Com o número de 151 óbitos confirmados e 104 pessoas desaparecidas, o estado vive uma das maiores tragédias ambientais do Brasil.