Esporotricose: FVS-RCP participa de Audiência Pública na Aleam sobre enfrentamento à doença no Amazonas

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Por Redacao

A audiência faz parte do Grupo de Trabalho (GT) sobre Esporotricose no Amazonas, no qual a FVS-RCP faz parte

Fotos: Girlene Medeiros/FVS-RCP

A Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas, por meio da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), participou, nesta segunda-feira (19/02), da primeira Audiência Pública sobre Esporotricose no Amazonas no Contexto da Saúde Única, no Plenário Ruy Araújo, da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), em Manaus.

A audiência faz parte do Grupo de Trabalho (GT) sobre Esporotricose no Amazonas, no qual a FVS-RCP faz parte. Na Aleam, a iniciativa ocorreu por meio da Comissão de Proteção aos Animais, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa do Amazonas, coordenada pela deputada estadual Joana Darc (UB).

“Essa audiência pública visa traçar metas e, de forma conjunta, unindo forças, dar essa garantia de combate à essa doença. A esporotricose é uma zoonose e deve ser combatida pelo poder público e pelo poder privado também”, destaca a deputada estadual Joana Darc.

A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, enfatiza que a FVS-RCP é uma das instituições que fortalece o enfrentamento à esporotricose no Amazonas. “A esporotricose é uma doença que acomete tanto animais como humanos. Então, enquanto Vigilância em Saúde, estamos fortalecendo a rede de saúde com capacitações, orientações técnicas por meio de notas técnicas conjuntas e divulgações sobre o cenário e prevenção da doença à população por meio de ações de comunicação em saúde”, destaca Tatyana.

Fotos: Girlene Medeiros/FVS-RCP

A audiência incluiu na programação a apresentação do cenário epidemiológico da doença em humanos no Amazonas pelo responsável de Vigilância Epidemiológica da FVS-RCP, Alexsandro Melo. “A esporotricose é um tema muito importante para trazer informações para a população e para profissionais de saúde por meio de audiência pública. E assim desenvolver políticas públicas para combater essa doença”, disse Alexsandro.

A diretora de Vigilância Ambiental, Epidemiológica, Zoonoses e de Saúde do Trabalhador da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) de Manaus, Marinélia Ferreira, ressalta que a audiência pública fortalece o combate à doença.

“Trazer a temática da esporotricose para uma audiência pública é extremamente salutar para a nossa população, porque reúne o momento em que os profissionais de saúde, os pesquisadores, as instituições que fazem trabalhos de combate ou de estudo sobre a questão da esporotricose humana e animal trazem esse assunto para que as pessoas tenham mais esse discernimento e esclarecimento sobre o tema”, disse Marinélia.

Participaram da audiência pública, além da FVS-RCP, Assessoria de Bem-Estar Animal da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Semsa Manaus, Fundação de Medicina Tropical – Heitor Vieira Dourado, Conselho Regional de Medicina Veterinária do Amazonas, Instituto Leônidas & Maria Deane – Fundação Oswaldo Cruz, Fundação Hospitalar de Dermatologia Tropical e Venereologia “Alfredo da Matta”, Associação sem Raça Definida, Organização Não Governamental Compaixão Animal, Grupo Protetores dos Animais, coordenação do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário Fametro.

Esporotricose humana

No Amazonas, de janeiro até o dia 15 fevereiro de 2024, foram notificados 108 casos de esporotricose humana, sendo 76 confirmados e 21 estão em investigação. Não há óbitos relacionados à doença. Os casos confirmados correspondem a pessoas residentes em Manaus (74), Presidente Figueiredo (1) e Careiro (1).

Esporotricose animal

Em Manaus, de janeiro a novembro de 2023, conforme a Semsa Manaus, foram notificados 2.240 casos de esporotricose animal, sendo 1.998 confirmados. Foram registradas 450 eutanásias/óbitos. A maior quantidade de animais é gatos (98,7%), seguidos de cães (0,8%). Os animais envolvidos são, em maioria (68%), machos.

Sobre a esporotricose

A esporotricose é uma infecção por fungos do gênero Sporothrix, que vive naturalmente no solo, em cascas de árvores e na vegetação em decomposição, podendo infectar humanos, gatos, cães e outros mamíferos.

A transmissão para humanos ocorre pela implantação do fungo na pele ou mucosa, por meio de contato com espinhos, palha ou lascas de madeira que estiveram em contato com vegetais em decomposição contaminados pelo fungo. Em caso de suspeita de esporotricose humana, procurar uma unidade de saúde.

Os animais podem transmitir a doença para humanos e outros animais por meio de arranhadura, mordedura ou lambedura e pelo contato com secreções respiratórias e lesões na pele e mucosas. Em caso de suspeita de esporotricose animal, a orientação é levar o animal ao veterinário, com urgência.

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