Saúde indígena: FVS-RCP fortalece vigilância em saúde da malária no plano distrital do Alto Rio Negro

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Por Redacao

Evento ocorreu de 27 a 29 de dezembro em São Gabriel da Cachoeira

FOTOS: Maíra Pessoa/FVS-RCPRepresentantes da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) participaram, até esta sexta-feira (29/12), da 2ª Reunião Ordinária do Conselho Distrital de Saúde Indígena do Alto Rio Negro. O evento iniciou na quinta-feira (27/12) e foi realizado em São Gabriel da Cachoeira (distante 852 quilômetros de Manaus).

Entre as pautas abordadas foram debatidas a abertura do Conselho Distrital de Saúde Indígena – Casa de Saberes da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), a capacitação dos Conselheiros Distritais Indígenas e a apresentação do Plano Distrital de Saúde Indígena de 2024.

Presente na reunião, a diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, destacou que a vigilância em saúde está estreitando o diálogo com os povos originários para avançar no controle de doenças de interesse para ambos. 

“Para controlar a malária no Amazonas, é preciso ter estratégias claras de controle no território indígena e isso só pode ser construído de forma integrada entre as diferentes esferas de gestão do Sistema Único de Saúde”, avaliou Tatyana.

O chefe do Departamento de Vigilância Ambiental da FVS-RCP, Elder Figueira, reforçou, durante a reunião, o compromisso de todos para executar o plano integrado de trabalho. “Malária tem controle, mas precisa ser priorizada além de, de fato, efetivar as ações planejadas, pois, de forma conjunta, é possível ter uma importante redução”, comentou Elder.

Na oportunidade, a gerente de controle de doenças por vetores – malária, da FVS-RCP, Myrna Barata, conheceu os novos conselheiros distritais. 

“A FVS está presente nos municípios, seja apoiando tecnicamente ou com repasse de insumos estratégicos no controle da doença. A região do Alto Rio Negro participa com 30%, que são 16.039 casos, da malária do Estado, dos quais 76,3% (12.260 casos) estão em área indígena que pertence ao DSEI (Distrito Sanitário Especial Indígena) Alto Rio Negro e DSEI Yanomami. E, para buscarmos a eliminação da malária no nosso território, é fundamental o trabalho conjunto”, reforçou Myrna.

Plano distrital 

O Plano Distrital de Saúde Indígena é referente às ações a serem realizadas nos próximos quatro anos e impacta na vida de povos indígenas atendidos em 750 comunidades, segundo destaca Luiz Brazão dos Santos, coordenador do Distrito de Saúde Especial Indígena (DSEI) Alto Rio Negro. 

“É um plano que tem muita importância, porque vai direcionar todas as necessidades das comunidades e como buscar fazer para executar melhor atendimento de saúde, buscando melhorar a qualidade de vida dos nossos povos indígenas”, afirmou Luiz. 

O presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi) do Alto Rio Negro, Jovanio Wírawasú, acrescenta que o plano inclui itens como garantia de orçamento e participação social. “Este é um momento muito importante para o povo indígena, como garantia de políticas públicas. O plano distrital é um instrumento construído com as nossas comunidades”, enfatizou. 

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